
20 de março de 2011 | 00h00
Pela divisão proporcional entre as comissões, o PR teria direito a apenas duas vagas de titular no colegiado e duas suplências. No quadro final, porém, há oito deputados do partido como titulares e três como suplentes.
O "milagre" da multiplicação de deputados ocorreu por meio de diversas trocas de cadeiras com outros partidos. Com isso, na Comissão de Transportes o PR tem indicados nas vagas de deputados do PT, do PDT, do PHS e até do PSOL.
O líder do PR, Lincoln Portela (MG), afirma que a movimentação veio de forma individual dos próprios deputados. "Muitos parlamentares trabalham na área e foram negociando as trocas diretamente. Eles fecharam essas trocas e a gente apenas homologou", explica ele.
Portela lembra que nos últimos anos o partido teve a presidência da comissão e agora abriu mão do posto em favor do PMDB, que indicou Edson Ezequiel (RJ). "O partido nos últimos anos procurou ficar com a presidência dessa comissão porque nós temos o ministério e o DNIT. Mas agora não será mais porque é importante abrir esse espaço para o contraditório."
Apesar da "abertura de espaço", o líder do PR reconhece que as trocas de cadeiras podem ajudar o ministro e o diretor do DNIT no futuro. "Você também não pode perder todo o espaço porque senão fica entregue e aí, de repente, alguém pode partir para o "quanto pior melhor"", argumenta.
Além da defesa do ministro, os deputados do PR também não escapam dos outros lobbies do setor. A maioria deles também recebeu doações eleitorais de construtoras, empresas de pavimentação e transportadoras.
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