Para candidato dos pobres, ele é riquinho, ironiza Alckmin

O tucano se referiu ao aumento do patrimônio do presidente Lula que dobrou desde 2002

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Por Agencia Estado
Atualização:

No primeiro dia oficial de campanha, o tucano Geraldo Alckmin ironizou seu principal adversário, o presidente e candidato à reeleição pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva. O motivo foi a declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral na véspera por todos os candidatos ao Planalto. ?A única coisa que chama a atenção é que para o candidato dos pobres, ele é bem riquinho?, disse o tucano ao desembarcar em Florianópolis (SC) para o primeiro ato oficial da corrida eleitoral. Apesar do comentário, Alckmin disse que ?não fez conta nenhuma? para saber se o argumento do PT sobre o crescimento do patrimônio de Lula tem sentido. Segundo o partido, o crescimento de R$ 422,9 mil para R$ 839 mil dos bens pessoais é fruto de ?poupança de parte do salário como presidente?, bem como aposentadoria e rendimentos em aplicações anteriores a 2002. Para o tucano, a evolução patrimonial de Lula também não deve ser investigada. ?Não há razão para pedir investigação?, minimizou depois, em entrevista. Alckmin, comprometeu-se a fazer, se eleito, um governo voltado para o desenvolvimento, no sentido "contrário", segundo ele, ao que faz hoje seu principal adversário, o presidente e candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva. O tucano afirmou que o Brasil precisa diminuir a carga tributária e a taxa de juros, e aumentar o investimento no País, de maneira a contribuir para a geração de emprego. Segundo Alckmin, o Brasil precisa gerar 1,6 milhão de empregos por ano para absorver os jovens que ingressam no mercado de trabalho. "O governo só gera emprego de forma complementar. Quem gera é a agricultura, o turismo, a indústria. Mas para isso é preciso ter atitude para incentivar (os investimentos). O governo Lula só aumenta impostos e diminui investimentos", discursou, no lançamento de sua campanha, que reuniu cerca de 600 pessoas em um hotel em Florianópolis. Em alusão aos escândalos de corrupção que atingiram o governo Lula, Alckmin insistiu que é preciso "varrer a corrupção, acabar com o desperdício e respeitar o dinheiro do povo". E prosseguiu: "o povo se sacrifica para pagar impostos, e o governo se apropria de 40% da riqueza nacional". Ao lado do candidato ao governo de Santa Catarina, o peemedebista Luiz Henrique da Silveira, que integra a aliança formada por PMDB-PSDB-PFL-PPS, Alckmin ironizou seu adversário. "Outro dia ouvi o presidente Lula dizer que a saúde do País está chegando à beira da perfeição. Ele não conhece a emergência de um hospital público", disse, arrancando aplausos da militância presente ao evento. Ao longo do discurso de 17 minutos que fez na solenidade que abriu a campanha à Presidência, Alckmin citou várias vezes seu padrinho político, o falecido governador Mário Covas. E disse ser possível um governo sério e que concilie "política e eficiência, política e honra, e política e mudança". Matéria alterada para acréscimo de informação

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