
06 de setembro de 2009 | 00h00
Almeida reconhece que alguma confusão pode ter acontecido porque os bancos às vezes comunicam o motivo errado para a devolução do cheque. Também afirma que, no caso de cheques roubados, a empresa cancela a cobrança. Mas diz desconhecer a existência de pagamentos à Cral feitos a pessoas físicas, como o citado por um dos protestados (leia na página C3). "Não sei se é verídica a informação", diz. E os valores são maiores que os originais do cheque por causa dos juros, diz.
O diretor de Operações da FMC, Eduardo Araújo, afirma que o grande número de reclamações relativas a letras de câmbio emitidas pela empresa a partir de cheques deve-se a uma prática anterior à sua entrada. "O que houve foi um erro que está sendo discutido judicialmente", declara, admitindo que até 2008 grande parte das sentenças condenava a empresa a indenizar o protestado. A Rainbow, diz, paga, depois de esgotados todos os recursos. "Mas não há conformidade nas decisões", afirma. "Às vezes, numa mesma situação, em processos diferentes, somos condenados em um e absolvidos em outro." Também segundo ele, a cobrança é maior do que o valor original do cheque por causa das taxas dos cartórios.
A Prêmio Comércio de Máquinas, Aparelhos e Equipamentos Elétricos Eletrônicos e a Network Associates do Brasil também foram procuradas pelo Estado. No telefone que era atribuído à Prêmio, um homem que se disse da Alri Organização e Cobrança disse não ter como localizar a Prêmio. A Network retornou as ligações.
Em nota, a Serasa diz só anotar informações dos cartórios. Avisada de protestos de cheques prescritos ou sem aceite, exclui as informações. O fato pode ser comunicado em http://www.serasa.com.br/empresa/agencias_atendimento/index.htm. Os protestos nos cartórios estão fora da alçada da Serasa.
Encontrou algum erro? Entre em contato