
24 de agosto de 2011 | 00h00
Gabeira defendeu ainda a manutenção de todos os sites existentes, até dos que pregam a disseminação do ódio e das ofensas porque, segundo ele, não cabe ao Estado interferir na liberdade de expressão, mesmo que o conteúdo possa ser motivo de questionamentos. As maiores vítimas desses espaços de ódio na internet são os judeus, migrantes e homossexuais, disse Gabeira. Ele citou estudo da Fundação Simon Wiesenthal, que identificou 31 mil sites de ódio no mundo.
Quanto à censura, Gabeira contou que durante o governo de José Sarney (1985-1990) o então ministro da Justiça, Fernando Lyra, o informou de que teria de censurar o filme Je Vous Salue Marie, do francês Jean Luc Godard. "O Fernando Lyra me disse que Sarney determinou a censura ao filme por ordem da mãe, dona Kiola." De acordo com Gabeira, Lyra relatou a conversa de Sarney: "Se não censurarmos o filme, minha mãe disse que não me deixa mais entrar em casa."
A assessoria de Sarney informou que a censura ocorreu por outro motivo. Segundo a assessoria, pressionado pela Igreja e com a justificativa de ser católico, Sarney viu-se sem alternativa. O filme retrata a vida de Nossa Senhora nos tempos atuais. Ela é uma frentista de posto de gasolina.
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