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Para Gilberto Carvalho, greve de ônibus em São Paulo é 'irresponsabilidade'

Na opinião do ministro-chefe da Secretaria Geral, estas manifestações não se repetirão durante a Copa do Mundo, porque a população não vai aceitar e vai reagir

Por Tania Monteiro
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro-chefe da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, criticou a paralisação dos motoristas de ônibus em São Paulo, classificando-a como uma "irresponsabilidade". Na opinião do ministro Gilberto, no entanto, estas manifestações não se repetirão durante a Copa do Mundo de Futebol, porque a população não vai aceitar e vai reagir. O ministro Gilberto fez questão de destacar que "confia na maturidade da das pessoas" e "também na pressão popular contra este tipo de comportamento". Para Gilberto, este "clima negativo" de manifestações, está sendo revertido com a divulgação de informações em relação aos benefícios que a Copa vão deixar para o País.

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Questionado se havia temor de que novas greves de ônibus e de policiais militares tomassem conta do País, durante a Copa, Gilberto Carvalho, que deu entrevista após participar de uma videoconferência com blogueiros, sobre participação social na comunicação, no Palácio do Planalto, respondeu: "eu tenho muita convicção de que isso não vai acontecer (paralisações durante a Copa), porque as pessoas tem bom senso, elas sabem que se fizerem isso durante a Copa, elas vão ter um grande reprovação popular".

De acordo com o ministro, "as pessoas não vão simplesmente aceitar que categorias profissionais, por um interesse muito localizado prejudiquem o conjunto da população, num momento tao importante para o Brasil, de grande repercussão mundial".

O ministro justificou a sua tese de que haverá pressão popular contra manifestações durante a Copa com a ação dos integrantes da Gaviões da Fiel, que protegeram o Itaquerão, campo construído para a Copa pelo Corinthians, com financiamento do BNDES.

"Acho que a manifestação da Arena Corinthians, ao preservar a Arena, o outro dia em uma manifestação, foi uma primeira demonstração. Vai haver um incomodo crescente da sociedade contra este tipo de manifestação, sobretudo quando elas beiram a irresponsabilidade, como aconteceu agora em São Paulo, com questão dos ônibus", disse.

Gilberto disse que não tem informações se a Polícia Federal vai ajudar na investigação das responsabilidades na greve de ônibus de São Paulo, mas ressaltou que ela foi desencadeada, sem aviso prévio. "Foi sem aviso, foi contra o sindicato e, inclusive, tinha havido um acordo com o sindicato", emendou ele, acrescentando que o governo tomou "iniciativas importantes" e, por isso mesmo, "o clima pra Copa está se revertendo muito rapidamente".

Para o ministro, "na medida em que se aproxima o evento, o que vê é muito menos manifestações contra a Copa, mas manifestações que aproveitam a oportunidade da Copa para dar visibilidade a algumas reivindicações, seja de motoristas, seja de categorias profissionais de funcionários públicos, movimento de moradia e

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aí há coisas legítimas e outras irresponsáveis, como foi o caso a greve de ônibus de São Paulo ontem e hoje, que eu acho que é uma irresponsabilidade, infelizmente".

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