Para Guerra, nota é 'factóide para provocar divisão no PSDB'

Presidente do PSDB vê tentativa de dividir grupos de Serra e Aécio; para Eduardo Jorge, é 'completa falsidade'

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Por Ana Paula Scinocca e BRASÍLIA
Atualização:

O coordenador da campanha de José Serra à Presidência - e também presidente do PSDB -, Sergio Guerra, classificou como "factoide com o objetivo de tentar provocar divisão" a afirmação de que a quebra de sigilo de tucanos teria sido orquestrada pelo próprio PSDB. "Na sua arrogância, o PT acha que o Brasil é feito de tolos", atacou.Além de Guerra, também o vice-presidente executivo do partido, Eduardo Jorge - que teve o sigilo fiscal invadido na delegacia da Receita Federal de Mauá -, mostrou inconformismo com as informações divulgadas ontem. "A nota da Polícia Federal é uma completa falsidade", disse ele, acrescentando: "A polícia não diz quem passou (as informações sobre seu sigilo fiscal) para o comitê do PT. Saiu voando e pousou na mesa de alguém?" E completou com o comentário de que a PF "está se deixando manipular pelo interesse partidário". De acordo com Eduardo Jorge, se o trabalho do jornalista mineiro tivesse sido feio para "proteger" Aécio Neves, haveria de qualquer maneira vínculo político no caso, diferentemente do que a polícia diz agora.Dispersão. Para Sergio Guerra, trata-se de uma operação para desviar o foco das denúncias. "O fato de ele (o jornalista Amaury Jr.) dizer alguma coisa não quer dizer nada. Essa denúncia está na linha de promover uma dispersão do foco da investigação." Ou seja, "tentar provocar a divisão das forças que se unem pela vitória de José Serra"."A criação de grupos de espionagem, ora nomeados de inteligência, não é prática das campanhas do PSDB em Minas, São Paulo ou de qualquer outro Estado. Assim como não ocorreram nos governos do PSDB violações de sigilos bancários, das quais foi vítima o caseiro Francenildo. Também não foram as administrações do PSDB que nomearam Erenice Guerra e apagaram fitas de segurança do Planalto", disse Guerra.Por meio de nota distribuída à imprensa, Guerra afirmou que mais uma vez o PT "mostra uso político das instituições do Estado, de como usa o governo para atender os seus objetivos políticos". / COLABOROU JULIA DUAILIBI

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