
18 de agosto de 2010 | 00h00
O ex-governador Ronaldo Lessa, candidato ao governo de Alagoas pelo PDT, está confiante no sucesso do recurso que impetrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar derrubar a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL), que o considerou inelegível com base na Lei da Ficha Lima.
"Acredito que até amanhã teremos uma boa notícia. Afinal, esta situação em Alagoas tem que ser revista", disse ontem em entrevista à Rádio Educativa FM, que vem sabatinando os candidatos ao governo do Estado.
Lessa foi o quinto candidato a ser entrevistado. Seus principais adversários - o governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) e o senador Fernando Collor (PTB) - já foram sabatinados. O último da lista será Mário Agra (PSOL).
Durante a entrevista, Lessa enfatizou que o "inferno astral" provocado pela impugnação da sua candidatura já passou. "A campanha continua firme e forte, tranquila e com boas perspectivas", afirmou ele, que não se considera um ficha-suja. "Os verdadeiros bandidos permanecem impunes enquanto eu estou sendo punido por ter dado aumento aos servidores da Educação."
Impugnação. A candidatura de Lessa foi impugnada com base na Lei da Ficha Limpa porque ele havia sido condenado pelo TRE-AL sob acusação de abuso de poder político e econômico.
O crime eleitoral teria sido cometido quando Lessa era governador do Estado e pediu apoio à candidatura de Alberto Sextafeira (PSB) à Prefeitura de Maceió nas eleições municipais de 2004.
O candidato de Lessa perdeu a eleição para o prefeito Cícero Almeida (PP), mas elegeu-se deputado estadual em 2006. Este ano, quando se preparava para a reeleição, Sextafeira teve o registro da sua candidatura impugnado pelo TRE-AL, também recorreu da decisão e continua sua campanha enquanto aguarda uma posição do TSE.
Lessa é o candidato da Frente Popular ( PDT, PT, PMDB, PC do B, PR, PT do B e PRP), conta com o apoio "oficial" do presidente Lula e faz campanha para Dilma Rousseff (PT). "Estou nisso para representar o povo alagoano e não as elites, como fazem outros candidatos. Estou nessa luta para impedir que Alagoas continue do jeito que está."
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