24 de agosto de 2010 | 00h00
A TVT é antiga aspiração do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que Lula presidiu até ser preso pelo regime militar, em 1980. Sete anos depois, deputado federal, Lula entregou a Antonio Carlos Magalhães, então ministro das Comunicações, o pedido de concessão. "Não seria justo que sindicatos e movimentos sociais continuassem impedidos de exercer a liberdade de expressão utilizando suas próprias emissoras de TV", disse o presidente no Centro de Formação dos Professores Ruth Cardoso.
Ele não citou Dilma Rousseff, que apoia para sua sucessão, porque o compromisso tinha caráter oficial. "Concessões devem ser exploradas sim pelas empresas comerciais, mas também pelas empresas públicas e por entidades da sociedade civil organizada. É isso que reza nossa Constituição, nossas leis."
Inicialmente, a emissora produzirá sete programas, com uma hora e meia diária no total. A grade será completada, na primeira etapa, com retransmissões da TV Brasil e especiais das TVs Câmara e Senado. A transmissão será feita pelo canal UHF 46, de Mogi da Cruzes. O projeto inclui transmissões via cabo por meio de canais comunitários. Foi feito aporte de R$ 15 milhões que os metalúrgicos calculam suficientes para manter a emissora durante três anos.
"A inauguração dessa emissora gerida pelos trabalhadores dá novo vigor a algo que é sagrado para todos nós, a liberdade de imprensa", afirmou Lula.
Arthur Henrique, presidente da CUT, anotou que a TVT significa mais uma conquista. "Vamos continuar rompendo preconceitos importantes, por exemplo, elegendo uma mulher para presidente da República".
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.