Para sindicato, há queda no número de cadastrados

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Por Mônica Cardoso
Atualização:

O presidente do Sindicato das Empresas Removedoras de Entulho do Estado de São Paulo (Siriesp), Clodoaldo José da Silva, argumenta que o número de caçambas cadastradas na Prefeitura está diminuindo enquanto a quantidade de clandestinas está aumentando. "A Prefeitura só intensifica a fiscalização dos equipamentos cadastrados, mas se esquece das clandestinas, que atuam principalmente nos bairros da periferia", disse. Ele estima que existam cerca de 4 mil caçambas clandestinas na capital. Se a empresa for multada por cadastro vencido ou cancelado, estacionamento irregular em via pública e ausência da faixa retrorreflexiva, ela terá de pagar R$ 2 mil para retirar o equipamento apreendido. "Uma caçamba nova custa R$ 1,5 mil. Nesse caso, o dono da caçamba prefere deixar o equipamento preso, comprar um novo e trabalhar como clandestino", afirmou. Além dos valores altos das multas, as empresas cadastradas sofrem uma concorrência desleal. "Em média, o preço cobrado pelo uso da caçamba por 72 horas é de R$ 150, mas a clandestina cobra R$ 100." Segundo ele, o contratante de caçamba clandestina também deveria ser punido. "O clandestino também não paga para descarregar o entulho, jogando na beira de córregos e das Marginais." Há ainda inúmeras irregularidades cometidas pelos clandestinos, como a utilização indevida dos nomes das empresas cadastradas no Departamento de Limpeza Pública (Limpurb) e o furto de caçambas. A empresa de Silva, por exemplo, já teve mais de 60 caçambas roubadas. Como as caçambas ficam estacionadas nas ruas, as faixas retrorreflexivas, obrigatórias para garantir a visualização das caçambas, são comumente furtadas. Cada faixa custa R$ 2,60 e cada caçamba deve exibir 14 faixas, o que totaliza R$ 34,40 por equipamento. Outra reivindicação do Siriesp, que reúne 262 associados, é o aumento do número de aterros para o descarte do material. Segundo Silva, são poucos e em bairros afastados do centro, o que representa mais gastos para a empresa. "Hoje, temos aterros na Vila Leopoldina, Itatinga, Teotônio Vilela, Vila Brasilândia e em Guarulhos, que é outra cidade."

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