‘Parceiro’, ministério negou salva-vidas ao RN, que só conta com 15 pessoas

Apesar da defesa à aliança com a pasta, o Estado, cujo litoral se estende por 410 km, viu ser negado um pedido para reforço de efetivo de guarda-vidas no verão

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Por Marco Antônio Carvalho
Atualização:

SÃO PAULO - O governo do Rio Grande do Norte declarou por nota que a “União tem sido uma parceira no âmbito da segurança pública”. De fato, o Estado recebeu mais de uma operação da Força Nacional por ano na última década e está entre os três cujas capitais já começaram a receber a implementação do Plano Nacional de Segurança. 

Praia de Pipa.O litoral potiguar tem 410 quilômetros de extensão Foto: Werther Santana/Estadão

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“Nós reconhecemos que vivemos um momento de dificuldade no sistema prisional, mas é uma crise gerada pela falta de investimento por décadas, não só no Rio Grande do Norte, mas com no restante do país. Não podemos dizer que a não chegada, naquele momento, da Força Nacional fomentou uma crise. Estamos corrigindo, na atual gestão, erros históricos”, declarou o governo.

Apesar da defesa à aliança com o ministério, o Estado, cujo litoral se estende por 410 quilômetros (São Paulo tem 622 km), viu ser negado um pedido para reforço de efetivo de guarda-vidas durante o período do verão. A pasta alegou “real escassez de efetivo” e “necessidade de atender a outro ente federado”. Para cobrir o litoral, o governo potiguar dispõe de 15 profissionais, um a cada 27 km, se todos trabalhassem simultaneamente, o que não ocorre em razão das escalas de serviço. 

“Levando-se em consideração os indicadores de ameaças e vulnerabilidades, onde o primeiro está associado aos riscos do ambiente (correntezas, ondas fortes, animais perigosos) e o segundo está ligado à falta de recursos sejam humanos ou materiais, observa-se uma defasagem no atual quadro de guarda-vidas do Estado, que é de 15 bombeiros”, informou a administração estadual.

O governo do Amazonas não apresentou resposta aos questionamentos da reportagem. A equipe não conseguiu contato com o governo de Roraima. 

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