Parentes de presos rebelados em MG ficam no presídio

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Por Agencia Estado
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Dos cerca de 50 parentes que dormiram de sábado para domingo no interior da penitenciária José Maria Alkimim, em Ribeirão das Neves, região Metropolitana de Belo Horizonte, em troca da liberação de 17 pessoas mantidas reféns, por mais de 18 horas, durante rebelião que envolveu 100 detentos do presídio, 30 já deixaram as celas, mas continuam em frente ao prédio. Porém, 20 parentes, entre crianças e mulheres, não querem deixar a penitenciária, pois temem represálias, por parte da Polícia Militar, ao movimento que começou na noite da última sexta-feira. Neste sábado à tarde, a PM fez um acordo com os presos para os familiares ficarem no presídio até as 17h deste domingo, como condição para a libertação dos reféns. A polícia se comprometeu a não entrar para fazer revista nas celas enquanto as famílias estiverem na penitenciária. Por outro lado, os agentes penitenciários também se recusam a assumir seus postos enquanto não houver a operação "pente-fino" nas celas. Uma revista está programada para esta segunda-feira, por volta das 8 horas. Somente depois da entrada da PM, os agentes penitenciários voltarão ao trabalho. Apesar de os agentes penitenciários garantirem que os rebelados mantêm em seu poder pelo menos seis revólveres, além de dezenas de armas brancas, alguns botijões de gás e duas granadas, o diretor-geral da unidade, coronel Isaac de Oliveira e Sousa, impedido de entrar no presídio pelos líderes da rebelião, que o acusam de dar uma série de benefícios a apenas um grupo privilegiado de detentos, não confirma a existência do armamento. "Não acredito que haja mais armas dentro do presídio, além do revólver confirmado pela PM. Só poderei confirmar a existência dessas armas após a varredura da polícia", informou o coronel.

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