Parentes de vítimas consideram que ''dificilmente'' o acusado será preso

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Por Chico Siqueira e ARAÇATUBA
Atualização:

O advogado Robson Melo, que defende Rosa Pereira Batista, mãe de Alessandra Alves e avó de Adriel, atropelados e mortos pelo promotor, disse que "a família espera que a Justiça seja feita e o promotor Grossi seja condenado pelo que fez". "A família quer que o processo seja concluído rapidamente e a sentença seja a punição, não a promoção. Se bem que ela tem a impressão de que dificilmente ele será preso", ressaltou o defensor. Melo criticou a decisão do conselho superior do MP. "Se realmente essa transferência representar titularidade, for para um cargo superior ao que ele exerce aqui e se for passar na frente de outros promotores, então isso é uma promoção não uma punição." Apesar disso, o defensor tem a impressão de que uma transferência para São Paulo pode penalizar a vida pessoal do promotor - que tem família, amigos e propriedades em Araçatuba. "Ele vai para uma cidade mais violenta, mas não sei se terá de trabalhar mais ou ganhar menos do que ganha aqui." Outros parentes demonstraram ter esperança no julgamento criminal, que será feito no Tribunal de Justiça. Testemunhas do acidente confirmaram, em depoimento ao procurador Hermann Herschander, responsável pelo inquérito policial, que Grossi dirigia embriagado e segurava uma latinha de cerveja quando desceu da Ford Ranger que dirigia. Um policial rodoviário ainda relatou que, pela distância em que os veículos pararam, a caminhonete do promotor estava em alta velocidade. Segundo testemunhas, o metalúrgico ainda tentou desviar, mas acabou arrastado por mais de 50 metros. LAUDO Outra agravante que deverá dificultar a absolvição de Grossi é o laudo do legista Maurílio Castro, feito poucas horas depois do acidente. Levado ao plantão policial, o promotor se recusou a doar sangue para um exame de dosagem alcoólica. No entanto, o laudo oficial realizado com base em análise clínica confirmou "embriaguez moderada".

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