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Parentes de vítimas do voo 447 vão discutir identificação dos corpos

Representante de associação vai a Paris para encontrar autoridades francesas na quarta

Por Tiago Rogero , do estadão.com.br , e Clarissa Thomé e de O Estado de S.Paulo
Atualização:

RIO - Representantes da Associação de Familiares das Vítimas do Voo AF-447 embarcam nesta terça-feira, 14, para Paris, a convite do governo francês, onde discutirão de que forma acontecerá a identificação dos 104 corpos resgatados durante expedição este ano no Atlântico. Dentre os 228 mortos no acidente, em 31 de maio de 2009, um total de 154 corpos foram recuperados - os 50 primeiros pouco tempo depois da queda do Airbus. Os outros 74 não serão resgatados, como informou na semana passada o governo da França.

 

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Partem hoje o presidente da Associação, Nelson Faria Marinho, e o diretor, Maarten Von Slujis, representando os familiares das vítimas brasileiras. "Pelo comunicado que recebemos, o governo vai nos esclarecer como será feita a colheita de material para os exames de DNA, mas vamos pontuar outras coisas relacionadas à parte técnica, também", disse Marinho, que é pai de uma das vítimas.

 

O presidente da associação criticou o relatório preliminar divulgado no fim de maio pelo Escritório de Investigações e Análises para a Aviação Civil (BEA, na sigla em francês) que apontou uma falha técnica no sensor de velocidade, conhecido como pitot, como a origem dos eventos que provocaram o acidente. "Isso nós já sabíamos. O que não foi falado é que houve um defeito de fabricação naquela aeronave", afirmou.

 

De acordo com Marinho, participam da reunião o Ministério dos Transportes francês, polícia judiciária, BEA, representantes dos familiares, da Air France e da Airbus, além do embaixador designado pelo governo francês para as relações com as famílias, Philippe Vinogradoff. O encontro está marcado para amanhã.

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