Paris acha pedágio de Londres "volta à Idade Média"

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Por Agencia Estado
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A introdução, nesta segunda-feira, do pedágio para o tráfego de automóveis no centro de Londres representa uma nova tentativa de lidar com problemas que afetam outras grandes metrópoles, como engarrafamentos, falta de espaços para a abertura de novos estacionamentos e poluição. Concebida pelo prefeito socialista Ken Livingstone, a medida não será adotada pelo colega de Paris, o também socialista Bertrand Delanoë. O prefeito parisiense considera a inovação "elitista, prejudicial aos modestos habitantes dos subúrbios" e suscetível a tornar a capital "uma cidade com um sistema de portas de controle mais ou menos idênticas às da Idade Média". Sem compartilhar a "filosofia anticongestionamento" de Livingstone, Delanoë não acredita que o pedágio possa reduzir engarrafamentos, a menos que as tarifas sejam proibitivas. Ele prefere continuar com a política de desencorajamento do tráfego pela ampliação dos corredores exclusivos para ônibus e táxis e pela campanha destinada a convencer o motorista a abrir mão do carro em favor do transporte coletivo, cuja rede está em contínua expansão. Em 2002, segundo Delanoë, a extensão dos corredores exclusivos, combinada com o aumento das multas por estacionamento irregular e outras infrações fizeram a circulação de carros cair 5% no centro. "Seremos rigorosos no combate ao congestionamento, sem sacrificar a tradição de Paris como cidade aberta."

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