Parque da Independência, em SP, ganha reforma

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Por Agencia Estado
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As margens que ouviram o heróico brado retumbante vão ficar, senão mais plácidas, mais bonitas. Se o cronograma for mantido, o 7 de Setembro dos 450 anos de São Paulo terá como presente a recuperação do Parque da Independência, no Ipiranga, zona Sul. Serão restaurados o chafariz, o jardim francês e o monumento, criado pelo escultor italiano Ettore Ximenes. Tombado em 1975 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), o parque é administrado pela Prefeitura desde 1986. O Estado manteve apenas o Museu Paulista, sob responsabilidade da Universidade de São Paulo (USP). Agora, uma instituição financeira, o Banco Real, vai financiar a modernização dos equipamentos do chafariz, a recuperação do paisagismo original e a limpeza e reparação do monumento. "Queríamos um lugar único para a cidade, como fizemos na reforma do Cristo Redentor, no Rio. O lugar onde a Independência do País foi declarada é a melhor escolha", disse o diretor de marketing da instituição, Fernando Martins. É também a chance de dar mais atenção ao local em que D. Pedro I declarou que o Brasil era um novo País, e não mais uma colônia portuguesa. "Às vezes, os paulistanos esquecem que a Independência foi proclamada lá", observou o superintendente de eventos e promoções do banco, Dilson Motta. Por isso, estão previstas ações de divulgação do parque e do espaço museológico. Após o restauro, a organização social de interesse público (Osip) Museu a Céu Aberto cuidará da manutenção do chafariz, de modo a integrar a comunidade. "A população tem de assumir o espaço público, para ele continuar preservado e ser mais difundido", explicou o presidente da entidade, Paulo Solano Pereira. "Pouco se falou do parque nesses 450 anos de São Paulo." A ação quer atingir pessoas como a babá Azeli Rosa da Silva. Ela decidiu mostrar o parque para a irmã e os sobrinhos, vindos de Monte Azul (MG) para visitá-la. De longe, a criançada observava o museu, deixado para trás, e o monumento, logo à frente. Nem sequer sabiam que estavam num lugar tão simbólico. "Venho porque é perto de casa. Não sabia disso tudo, não", disse Azeli.

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