
10 de fevereiro de 2017 | 14h35
SÃO PAULO - Uma passageira da ponte aérea da Latam entre o Rio de Janeiro e São Paulo publicou em seu perfil no LinkedIn uma foto de uma saída de emergência do avião com um papel no qual havia os dizeres "saída inoperante". A coordenadora de marketing Ana Luiza Collares Xavier afirmou que duas saídas da aeronave estavam quebradas e questionou a empresa sobre o uso do termo "inoperante" e a segurança do voo.
"Eu, que morro de medo de avião, resolvi voar mesmo assim, mas tenho certeza de que, se a palavra que estivesse no papel fosse 'quebrada', eu não teria voado. Olha como uma palavra pode mudar atitudes e pensamentos", escreveu Ana Luiza. "Como pode um avião decolar com saída de emergência inoperante?"
O voo ocorreu na manhã da última terça-feira, 7, entre o Aeroporto Santos Dumont, na região central do Rio, e o Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo.
A Latam informou ao Estado que a quantidade de saídas de emergência da aeronave que fez o voo JJ 3901 atendia aos requisitos internacionais de segurança, "que preveem o número menor de passageiros no avião nestas condições".
A companhia área disse ainda, em nota, que "a segurança é um valor inegociável em todas as suas operações e segue todas as normas e regulações do setor".
"A empresa informa que a identificação das saídas - e consequentemente o bloqueio das poltronas no entorno - se faz necessária para atender justamente as regras mundiais de segurança."
Em nota, a Anac informou que está apurando os procedimentos operacionais adotados para o voo. "Se constatadas irregularidades, a companhia poderá ser autuada", diz a nota. O texto informa ainda que a Anac preza pela segurança da aviação civil e "realiza fiscalizações e auditorias programadas, não programadas e sempre que há denúncia".
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