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Passageira xinga estagiária e é presa por racismo em SP

Cabeleireira tentou passar à frente dos demais passageiros no aeroporto

Por Agencia Estado
Atualização:

A cabeleireira Lucimar da Silva, 35 anos, foi presa pela Polícia Federal nesta manhã no Aeroporto Internacional de São Paulo, no bairro de Cumbica em Guarulhos, São Paulo. Tentando passar à frente dos demais passageiros que aguardavam a vistoria da Receita federal, ela sentiu-se ofendida com a atitude de uma estagiária da Infraero, que pediu-lhe que respeitasse a fila. Em resposta, Lucimar chamou a estagiária de "negrinha". A cabeleireira, que voltava de Madri, foi autuada em flagrante pelo crime de injúria agravada por elemento racista contra funcionário público. Lucimar já viajou à Espanha 12 vezes. O fato foi testemunhado por vários passageiros, que se revoltaram. Uma passageira que iria fazer conexão para Porto Alegre não se incomodou de perder o vôo e serviu de testemunha à estagiária de 21 anos. Ao ouvir seria acusada de praticar racismo, a cabeleireira disse que apenas a chamou de "vaquinha". A delegada federal de plantão no aeroporto preferiu não indiciá-la por racismo, crime inafiançável, mas por um delito considerado menor, com pena de 1 a 3 anos de reclusão, acrescida de multa. Após o flagrante e ter seu passaporte retido, Lucimar foi encaminhada à carceragem da Polícia federal no aeroporto, mas poderá ter a prisão relaxada pela Justiça, que determinará fiança para poder defender-se em liberdade.

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