PUBLICIDADE

Passageiros de transporte público sofrem com atrasos

Trens e metrô operaram com velocidade reduzida e trecho de linha da CPTM foi interrompido à tarde

Por Cristiane Bomfim , Marcela Spinosa e Mônica Cardoso
Atualização:

Passageiros do metrô e dos trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) precisaram de muita paciência, ontem. As empresas reduziram a velocidade dos trens durante quase todo o dia. Além da lentidão, vagões lotaram no horário de pico. Passageiros de ônibus também sofreram com a espera. Em alguns pontos, os coletivos demoraram mais de meia hora. Menos sorte tiveram os passageiros da linha 7-Rubi da CPTM, por onde circulam 367 mil usuários por dia. Às 16h20, a circulação entre as estações Perus e Francisco Morato, na zona oeste, foi interrompida por causa de alagamentos. O trajeto passou a ser feito em ônibus gratuitos entre as estações Caieiras e Francisco Morato. A medida, segundo a CPTM, faz parte do Plano de Apoio de Empresas em Situação de Emergência (Paese). Foram disponibilizados 40 ônibus. A circulação foi restabelecida às 19h45.A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) registrou atraso de pelo menos 50 minutos na linha 376, que liga Diadema ao bairro do Brooklin, na zona sul de São Paulo. O motivo, segundo a empresa, foi ponto de alagamento na esquina das Avenidas Santo Amaro e Roque Petroni Júnior. Nas linhas que ligam São Mateus, na zona leste, com cidades do ABC também houve atrasos. O pior trecho, segundo a EMTU, foi sob o Viaduto Adib Chamas, em Santo André, por causa do excesso de água.Por conta dos atrasos, os pontos de ônibus ficaram lotados. Os usuários que não tinham guarda-chuva se protegeram da água como puderam, valia usar até saco plástico na cabeça.Os coletivos que enfrentaram o trânsito e os pontos de alagamento seguiam cheios, com passageiros dormindo ou entediados em meio ao congestionamento.Em alguns pontos de parada, a espera por um coletivo chegou a meia hora. "Amanhã (hoje) vou querer 200 ônibus neste ponto para compensar a espera", disse o auxiliar administrativo José Mendes, de 70 anos, que aguardava coletivo em um ponto na Avenida Brigadeiro Gavião Peixoto, na Lapa, na zona oeste. Ao lado dele estava a auxiliar de serviços gerais Márcia Marques, de 35 anos. Ela afirmou ter demorado 40 minutos para fazer um trajeto de ônibus do Sumaré à Lapa que, em geral, dura 20 minutos. "Foi difícil. Cheguei meia hora atrasada no médico e agora tenho de esperar ainda mais porque os ônibus não passam nunca."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.