Patrimônio do vice de Marina é 6 mil vezes maior do que o dela

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Por Lucas de Abreu Maia
Atualização:

Com um patrimônio de R$ 149 mil, a candidata do Partido Verde (PV), Marina Silva, pediu ontem o registro de sua candidatura à Presidência ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Seu vice, o empresário Guilherme Leal, sócio da Natura, tem patrimônio aproximadamente 6 mil vezes maior ? sua fortuna é estimada em R$ 1,1 bilhão.Em sua declaração de bens, Marina informou possuir uma casa em Rio Branco (AC), no valor de R$ 60 mil; lotes que somam R$ 42.481,50 e um saldo de R$ 46.782,88 em conta bancária. O partido apresentou, ainda, certidões criminais garantindo que ela não sofreu nenhuma condenação na Justiça.A candidata apresentou estimativa de R$ 90 milhões para o total de gastos de sua campanha à Presidência.Agendas. A campanha de Marina adotou uma nova estratégia: dissociar as agendas da candidata e de seu vice. A ideia é remediar a escassez de palanques nos Estados ? são apenas 11 candidatos a governador pelo PV.Leal deve frequentar, sobretudo, encontros com empresários ligados à causa ambiental. Marina vai priorizar os eventos com grandes públicos. "Não se trata de dividir a agenda. Trata-se de termos uma demanda muito grande e tentar atender ao máximo possível", pondera João Paulo Capobianco, coordenador da campanha. "Nós temos um vice capacitado, com luz própria, que não precisamos esconder, ao contrário dos outros candidatos."Os verdes afirmam não se preocupar com a inexperiência política de Leal. "O Guilherme tem um círculo de contatos próprio. Naturalmente, ele levará a Marina a esse grupo", diz Capobianco."As pessoas adoram a espontaneidade do Guilherme e valorizam o fato de ele não ser político", avalia Alfredo Sirkis, vice-presidente do partido. Para ele, o PV "tem o melhor vice".Verticalização. Quando não tem agenda pública, Marina se reúne em São Paulo com aliados, a fim de treinar para entrevistas, debates e sabatinas, além de trabalhar na formulação de seu programa de governo. Segundo assessores próximos, a candidata teria ficado preocupada com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que impediria sua aparição no programa eleitoral gratuito em Estados em que o PV se coligou a outros partidos. A candidata passou os últimos dois dias tentando articular a situação nesses palanques e teria ficado aliviada com a decisão do TSE de suspender o julgamento até agosto. / COLABOROU LUIZ ALBERTO WEBER

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