31 de agosto de 2010 | 00h00
O crescimento da candidatura do governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), após início do horário eleitoral, deixou em alerta a coligação em torno de Hélio Costa, candidato do PMDB ao governo do Estado. Para contrapor o avanço de Anastasia -que vem sendo identificado pelo eleitorado como o candidato apoiado pelo ex-governador Aécio Neves (PSDB) - a candidatura de Costa aposta na participação "mais vigorosa" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Minas.
No fim de semana, Lula conversou duas vezes por telefone com o vice da chapa, Patrus Ananias (PT). Disse que fará novas gravações para o horário eleitoral e intensificará suas visitas ao Estado.
Com a vantagem aberta pela petista Dilma Rousseff na corrida presidencial, Lula sinalizou que vai priorizar as disputas em Minas e São Paulo - possíveis "trincheiras" tucanas em caso de derrota do presidenciável José Serra (PSDB). Na campanha de Costa, a confiança é de que Lula decida "confrontar" Aécio no segundo colégio eleitoral do País.
Lula não tem visita a Minas programada para esta semana, mas hoje Patrus - que é coordenador da campanha de Dilma no Estado - reúne-se em Brasília com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, para acertar roteiro do presidente. A ideia, segundo Patrus, é colar na imagem de Lula. "Haverá presença maior do presidente Lula e da nossa candidata Dilma. É bom que haja."
Outra estratégia é potencializar a campanha em Belo Horizonte e região metropolitana, onde Anastasia é mais conhecido e registrou grande crescimento.
A "nacionalização" da disputa estadual, com presença de Lula, poderá atrair a ala de Fernando Pimentel (PT), candidato ao Senado. Pimentel tem feito campanha "descolada" da chapa.
Ontem, em Varginha, no sul do Estado, Anastasia minimizou o anunciado reforço de Lula na campanha do adversário. "Cada partido tem os seus aliados, seus trunfos. Isso faz parte do jogo democrático. Mas as pessoas distinguem bem o que é eleição nacional do que é eleição estadual."
A pesquisa Ibope apontou empate técnico. Costa, que mantinha liderança folgada, caiu de 38% para 33% e foi superado numericamente por Anastasia, que saltou de 27% para 35%. Os números causaram desconforto entre petistas e peemedebistas.
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