
28 de março de 2011 | 00h00
Em vez de se dedicar apenas a invadir fazendas e pedir a desapropriação para a reforma, o movimento se engaja na campanha ambientalista, de maior apelo social. O objetivo é mostrar que o modelo baseado na grande propriedade, com extensas áreas de monocultura, como a cana e a soja, é prejudicial para o meio ambiente. O modelo alternativo, com a redistribuição da terra e voltado sobretudo para a produção de alimentos, seria melhor do ponto de vista ambiental.
A estratégia também atende à realidade atual do movimento. Com menos força para montar acampamentos em áreas distantes, volta-se para a ocupação de edifícios em áreas urbanas, com o apoio de pessoas já assentadas.
O MST também vem dando cada vez mais ênfase às reivindicações feitas por assentados. É um sinal da mudança de paradigmas que ocorreu ao longo dos anos. Hoje a movimento atende a quase 300 mil famílias instaladas em assentamentos sob seu controle. O peso delas na estrutura vai ficando cada vez maior que o das famílias sem terra.
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