PUBLICIDADE

PB: Acusados de premeditarem estupro coletivo são suspeitos de outros crimes

Irmãos, que teriam se presenteado com abuso de 6 mulheres, teriam cometido assassinatos no Rio

Por Adelson Barbosa dos Santos
Atualização:

JOÃO PESSOA - Os irmãos Eduardo e Luciano dos Santos Pereira, acusados de premeditarem os estupros de seis mulheres numa cidade do agreste da Paraíba, também são investigados por dois assassinados na favela da Rocinha, na zona sul do Rio, além de envolvimento em assaltos a bancos e homicídios no Estado nordestino.

PUBLICIDADE

Ambos vivem na cidade de Queimadas há três anos. Eles foram levados, após depoimentos para a Polícia Civil em Campina Grande, para o presídio do Serrotão, junto com outros cinco suspeitos de abusarem das mulheres durante uma festa no último domingo. O estupro teria sido um 'presente' entre os irmãos.

Segundo o delegado, André Rabello, nove envolvidos confessaram ter participado dos estupros e atribuíram a Eduardo a autoria intelectual dos crimes. Eduardo também disse que participou de tudo, mas negou ter premeditado o crime. Os três adolescentes envolvidos foram levados para o abrigo de menores denominado Lar do Garoto. O delegado disse que, apesar de não declararem renda nem profissão, os acusados levavam uma vida de luxo em Queimadas.

A delegada Cassandra Duarte, que também está à frente das investigações, disse que a procedência dos bens dos dois irmãos também está sendo apurada com rigor. "Eles tinham um padrão de vida elevado, faziam festas, andavam em carros luxuosos e não trabalhavam na cidade de Queimadas. Por isso, vamos investigar para saber a procedência dos bens deles, mas desde já suspeitamos que tenham envolvimento com crimes para aquisição de dinheiro", disse.

Abuso. As mulheres foram estupradas durante uma festa de aniversário numa casa no centro da cidade de Queimadas, a 140 quilômetros de João Pessoa. A primeira versão dava conta de que cinco homens encapuzados teriam invadido a casa, amarrado e trancado todos os homens em um quarto e estuprado todas as mulheres.

Duas delas - a recepcionista Michele Domingos da Silva, de 26 anos, e a professora Isabela Pajussara Frazão Monteiro, de 28 anos,- teriam reconhecido os estupradores e foram assassinadas a tiros.