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Pedaço da asa, com quase 7 metros, continua perdido

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Por Redação
Atualização:

Um dos grandes mistérios dos 49 dias de trabalho de resgate das vítimas e dos objetos espalhados pela selva envolve uma parte importante do Boeing da Gol. Até hoje, não apareceu um pedaço da asa esquerda, que foi "navalhado" pela aleta que fica na ponta da asa do jato Legacy produzido pela Embraer, e que era operado por dois pilotos da empresa americana ExcelAire. "Um dia, na selva, alguém vai tropeçar nesse pedaço da asa com 6,90 metros", disse ao Estado, na sexta-feira, o brigadeiro Jorge Kersul, chefe do Cenipa, o centro de investigação de acidentes aeronáuticos. Separada do corpo do Boeing, a asa, que é uma estrutura de liga metálica leve e altamente aerodinâmica, voou sozinha pelo céu de Mato Grosso. Comportou-se como se fosse um planador, indo cair bem longe do local onde mergulhou o restante do Boeing. Segundo oficiais da Aeronáutica, o restante do avião da Gol desceu tão desgovernado que pode ter atingido uma velocidade supersônica. A procura de uma peça tão grande, com quase sete metros de comprimento, intrigou e marcou a vida dos soldados do Para-SAR que participaram da operação de resgate. "Cheguei a sonhar com esse pedaço da asa. Acordava, e não sabia se havia tido mesmo um sonho ou se alguém me avisara que a asa aparecera", disse Kersul.

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