Pedágio urbano: veto em projeto

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Por Diego Zanchetta
Atualização:

Após pressão dos vereadores, a gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM) excluiu em definitivo a possibilidade de implementação do pedágio urbano para restringir a circulação de veículos na região central de São Paulo. O dispositivo, já adotado em metrópoles como Londres e Nova York, estava previsto no projeto de mudanças climáticas do Executivo enviado à Câmara em 2008. A proposta original tinha como diretriz "a restrição gradativa e progressiva do acesso de carros ao centro'', o que, na opinião dos parlamentares, abria espaço para a taxação dos motoristas. A nova redação diz que fica "excluída a adoção de sistema de tráfego tarifado". Um novo projeto substitutivo do governo será apresentado hoje em plenário. Para ser votado em segunda e definitiva discussão, entretanto, parte dos parlamentares, incluindo governistas, quer a exclusão de um artigo que define regras a serem adotadas pelos cerca de 5.450 ônibus fretados que circulam pela Região Metropolitana de São Paulo todos os dias. Atualmente quem define as regras de circulação dos fretados são os órgãos que regulam esses serviços nas esferas estaduais (Artesp) e federal (ANTT). O líder de governo, José Police Neto (PSDB), concordou com a inclusão do artigo sobre o pedágio urbano, mas considera necessárias as novas regras municipais para a circulação dos fretados. A regulamentação proposta por Kassab permite controlar a circulação desses veículos com a criação de bolsões de parada. O texto também determina que os fretados passem a usar combustíveis renováveis até 2012.

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