Pedreiro é condenado a 20 anos por morte de menina em SC

Ele não poderá recorrer em liberdade; julgamento durou cerca de 22 horas e ele chorou ao ouvir a sentença

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Por Solange Spigliatti
Atualização:

O auxiliar de pedreiro Oscar do Rosário, 22 anos, foi condenado a 20 anos de prisão em regime fechado e não poderá recorrer em liberdade. Ele foi o único acusado de matar e violentar a menina Gabrielli Cristina Eichholz, de 1 ano e 6 meses, no dia 3 de março de 2007, em Joinville, Santa Catarina. O julgamento durou cerca de 22 horas e a sentença foi anunciada pelo juiz Renato Roberge, às 7 horas e 5 minutos desta sexta-feira, 15, após ouvir o júri composto por sete integrantes. Oscar chorou ao ouvir a decisão do júri. Veja também: Outras notícias sobre o assassinato de Gabrielli Os 20 anos da sentençã são compostos por 13 anos 8 meses por homicídio duplamente qualificado e 6 anos e 4 meses por atentado violento ao pudor. Ele já respondia mais dois processos por violência sexual e outro por furto de fios de cobre e vai cumprir os 20 anos em Joinville. Enquanto os jurados se reuniam na sala secreta para decidir o futuro do ajudante de pedreiro, os pais do acusado choraram abraçados. Já os pais de Gabrielli permaneceram até o final do julgamento. O crime aconteceu num sábado, 3 de março de 2007, no interior de um templo da Igreja Adventista do 7º dia enquanto os fiéis participavam de um culto. Gabrielli, estava na escola sabatina, destinada às crianças de sua idade, em uma sala separada da nave da igreja (em construção) quando foi abordada por Oscar depois de ter saído para brincar no pátio. Segundo o inquérito, enquanto era violentada em uma das salas, a menina chorou e foi esganada para em seguida ser afogada no tanque batismal da igreja. Oscar fugiu para Canoinhas, sua cidade de origem, onde foi preso 10 dias depois enquanto dormia na casa de seus pais e mais três irmãos. Ele confessou o crime tão logo foi preso, já que era o principal suspeito após testemunhas terem informado a polícia de que ele havia deixado Joinville às pressas um dia após cometer a barbárie. Durante seu depoimento em juízo, Oscar afirmou que foi agredido pela polícia para confessar que matou e violentou Gabrielli. Seu advogado, Norberto da Silva Gomes, rebateu o laudo que afirmou ter havido violência sexual em Gabrielli. O defensor chegou a chamar o médico João Koerich, responsável pelo laudo da morte, de "ultrapassado" e "tanso". Considerou o julgamento de um ato político e também culpou a igreja por negligência.

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