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Pelos menos 20 pessoas são mantidas reféns em Jundiaí

Por Agencia Estado
Atualização:

Pelo menos 20 pessoas são mantidas como reféns por dois assaltantes, um deles usando a uniforme da Policial Militar, na Rodovia Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, Km 69, no bairro do Medeiros, em Jundiaí. Elas estavam em um ônibus particular que fazia excursão para o Paraguai, que saiu na tarde de hoje da cidade de Bragança Paulista. O motorista do coletivo, Célio Martins de Oliveira foi baleado nas nádegas. Ele foi submetido a uma cirurgia no Hospital São Vicente de Paulo, no Centro de Jundiaí, e passa bem. O coronel Osny, do 11.º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPMI), junto com o tenente Marlon Níglia, da Força Tática, negociam com os dois sequestradores para libertação dos reféns. As vítimas estavam aterrorizadas. Cláudio Ferreira Brito e mais quatro passageiros pularam as janelas do ônibus, entre eles o seu filho, Renato Brito, que falou à reportagem do Estado que os passageiros foram dominados pelos dois assaltantes quando o ônibus fez uma parada no Posto Centenário, em Jundiaí. No início, a Polícia acreditava que os bandidos eram os mesmos que roubaram uma chácara na região do Hopi Hari, em Vinhedo. Nessa ocorrência, o policial militar Luiz foi morto pelos assaltantes. O soldado Siqueira, que estava internado, também morreu. O coronel Osny considerou a hipótese de os assaltantes serem os mesmos de Vinhedo. Um suspeito foi baleado e também está na Santa Casa de Vinhedo. O coronel Osny informou que uma passageira, de nome Jussara, está sendo a intermediária entre os sequestradores com a Polícia. É ela quem transmite as exigências dos assaltantes para o policial Níglia. Segundo a Polícia, os bandidos - até o momento identificados como Elias e João - querem as presenças de parentes no local, próximo da fábrica da Coca-Cola. A concessionária Rodovias das Colinas e a Polícia Rodoviária Estadual, com a equipe do TOR bloquearam as duas pistas onde o ônibus foi parado. O tráfego foi desviado para a rodovia Jundiaí-Itupeva e, a expectativa dos policiais militares era de uma negociação durante toda a madrugada. O tenente Níglia é um dos homens do 11º Batalhão da Polícia Militar, que vinha desde o ano passado, treinando, na Capital, para situações de risco. O tenente sempre frisou em suas entrevistas que o objetivo da Polícia Militar é: "Negociar, negociar e negociar até à exaustão." Segundo a Polícia Rodoviária, existem no local pelo menos 30 viaturas e cerca de 70 homens. Os ladrões reivindicam a presença de um advogado (de prenome Paulo) - que já saiu de São Paulo e está a caminho de Jundiaí - e, a irmã de um dos bandidos, que se chama Marta, já está negociando para que se entreguem.

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