Pequenos voluntários distribuem alegria na cidade

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Por Agencia Estado
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Brinquedos, um monte deles, empacotados com carinho. Alguns usados, mas impecáveis, garantem os ex-donos, inacreditavelmente sorridentes, apesar da separação. Outros comprados com dinheiro vindo de reciclagem, gincanas, esforço. Esforço de crianças, alunos do Colégio Mater Amabilis, para tornar o Dia das Crianças especial para 350 carentes de Guarulhos. O voluntariado tem cada vez mais adeptos entre os pequenos. Mas a ação dos 50 voluntários da escola vai além do Dia das Crianças, comemorado hoje. "Visitamos asilos, creches, favela. Nos recebem com tanta alegria que é gostoso", diz Keila Yamashita Chan, de 11 anos, que promete ficar na ativa "para sempre". A mãe de Keila, Rosemeire, se surpreendeu com a vontade dos filhos menores de participar. "O Kevin, de 8 anos, perguntou o que ia fazer no asilo e a Kimberly, de 7, logo respondeu: ´deixar os velhinhos passarem a mão na nossa cabeça´. Tão pequena e ela percebeu que a gente vai pensando em dar carinho e acaba recebendo", afirmou Meire. Todas as sextas-feiras o grupo sai para as visitas. "E às terças damos aulas de reforço numa escola pública", diz Maiara Macedo Corrêa, de 11 anos. No futuro, ela quer aumentar o grupo. "Vou porque gosto de ajudar. Tento não ficar triste quando vejo alguém abandonado no asilo, porque meu ´trabalho´ é alegrar as pessoas", disse Hygor Major, de 11 anos. Mesada Desde os 9 anos, Milena Monforte Rocha destina dois terços da mesada de R$ 150 ao Programa Nossas Crianças da Fundação Abrinq. "Meu pai ajudava e eu pedi para entrar. Percebi que tinha gente que precisava mais do que eu", conta Milena, de 13 anos. Além disso, uma vez ao mês ela vai a creches ou asilos com os colegas do Colégio Mater Dei. "Já fui com meus pais em orfanatos. Acho bom, faço teatrinho, pego bebê no colo. Saio feliz e recebo carinho também." Faz dois anos que Rodrigo Casagrande de Oliveira, de 10 anos, visita as crianças da Escola Pintando o 7 na Favela Paraisópolis. "Ensinamos dobradura e a mexer no computador para que eles tenham mais oportunidade." Os meninos de lá também vão à sua escola, o Colégio Nossa Senhora do Morumbi. "A gente aprende muito."

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