Perícia confirma 50 mortes por impacto no oceano

Politraumatismo causou óbitos; 2 fragmentos pertenciam ao mesmo corpo

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Por Angela Lacerda e RECIFE
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Todas as vítimas resgatadas do voo 447 da Air France sofreram politraumatismo - morreram com o impacto do avião no oceano. "O que podemos constatar é que as lesões por impacto determinaram por si só a causa da morte", ressaltou o gestor de Polícia Científica da Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco, Francisco Sarmento, que apresentou ontem um balanço dos trabalhos da força-tarefa montada em conjunto com a Polícia Federal. O número de vítimas resgatadas foi reduzido de 51 para 50. De acordo com o perito da PF Carlos Eduardo Palhares, um fragmento de corpo foi vinculado a uma das vítimas há uma semana. Esse corpo faz parte dos sete ainda não identificados. Dos 50, 43 foram identificados - 17 de brasileiros. Sobre a possibilidade de morte por afogamento, após o choque com o oceano - ou asfixia, por despressurização, Sarmento destacou não existirem ainda elementos. Outro ponto que pode ajudar a investigação - a posição de cada passageiro no A330 - foi repassado à Aeronáutica. Ainda segundo os técnicos, 10 corpos estavam sem nenhuma veste e 40 tinham algum tipo de roupa. Vinte e oito não tinham nenhum pertence e os outros 22 estavam com algum objeto: anel, aliança, relógio ou colar, por exemplo. Sobre as reclamações do BEA, órgão francês encarregado de investigar as causas da queda, de atraso nos trabalhos, os integrantes da força-tarefa explicaram que o laudo final só deve ser encaminhado em 20 dias. Até agora, nenhum pedido formal de informações foi feito pela embaixada francesa. PRÍNCIPE Mais três vítimas do voo 447 da Air France foram sepultadas. O corpo do príncipe Pedro Luis de Orleans e Bragança, de 26 anos, foi enterrado em Vassouras, no sul fluminense, na segunda-feira. Antes do sepultamento, houve uma missa na Igreja Matriz de Vassouras, que reuniu amigos e parentes. Já em Niterói (RJ) foi sepultada ontem Adriana Francisca Van Sluijs, no Cemitério Parque da Colina. Ela era assessora de comunicação corporativa da área internacional da Petrobrás. Mais à tarde, em Conselheiro Lafaiete (MG), houve o enterro do engenheiro Marco Antônio Camargos Mendonça, de 44 anos, diretor da área de Manganês e Ligas da mineradora Vale. COLABOROU CLARISSA THOME

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