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Perícia prova: Gil desviou R$ 100 mil da empresa do pai

Exames mostraram que o filho de Luiz Carlos Rugai, morto no dia 28, em Perdizes, falsificou cinco cheques. O jovem teve a prisão decretada e está foragido

Por Agencia Estado
Atualização:

Gil Grego Rugai, de 20 anos, foi o responsável pelo desfalque de R$ 100 mil que a produtora de seu pai, Luiz Carlos Rugai, sofreu há um mês. Foi o rapaz quem falsificou os cinco cheques, de R$ 20 mil cada e os debitou da conta da empresa, a Referência Filmes. Os exames grafotécnicos confirmaram a suspeita da polícia, que acredita que Gil teve participação na morte de Rugai e de sua mulher, Alessandra Troitino, de 33 anos, na noite do dia 28, em Perdizes, zona Oeste de São Paulo. Gil teve a prisão temporária decretada por 15 dias na última sexta-feira. Até a noite de ontem, porém, ele continuava foragido. De acordo com o seu advogado Fernando José da Costa, ele deve ser apresentado à polícia hoje. Além do recente desvio de dinheiro, que teria provocado uma briga entre pai e filho, cinco dias antes do crime, todas as suspeitas do duplo homicídio pesam sobre Gil, segundo a polícia. A última é uma gravação na secretária eletrônica da produtora, feita na manhã do dia 29, menos de doze horas após o crime. Na mensagem, Gil pede desculpas ao pai pela discussão que tiveram dias antes e sugere um encontro para a reconciliação. Gil Rugai pretendia seguir os passos do pai no mundo dos negócios, só que com empresa própria. No dia 21 de novembro do ano passado ele registrou a KTM Comunicação Ltda na Junta Comercial do Estado de São Paulo. A investigação pretende apurar se ele teria desviado o dinheiro para injetar em sua agência. Para isso, ele teria apresentado o seu sócio e amigo pessoal, o publicitário Rui Otto Kretschmar, para trabalhar na empresa do pai. A polícia não descarta a hipótese de mais de uma pessoa ter participado do duplo homicídio. Segundo investigadores do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), uma testemunha afirmou ter visto Gil e um outro homem saindo pelos fundos da mansão, na Rua Traipu. Outra pista é um cartucho encontrado no quarto que Gil ocupava na mansão. Os exames de confronto do cartucho com os estojos encontrados ao lado dos corpos revelou que a arma que matou o casal foi a mesma que disparou aquele projétil.

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