Perito francês é barrado; PF diz que faltou credencial

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Por Angela Lacerda e Lúcia Jardim
Atualização:

Paul-Louis Arslanian, diretor do BEA, órgão responsável pelo esclarecimento do acidente com o voo AF 447, revelou ontem que o Brasil impediu o acesso de um médico legista francês às autópsias. O especialista retornou à França. "Não estou contente", disse Arslanian. "Tínhamos enviado um médico legista, mas ele não foi autorizado a participar das autópsias. Como aconteceu, eu não sei." Arslanian disse que os brasileiros ainda não transmitiram nenhum relatório referente aos exames nos corpos das vítimas, e declarou que essas informações seriam "muito importantes" para as investigações. A Polícia Federal e a Secretaria de Defesa Social divulgaram nota dizendo que peritos precisam se credenciar para entrar no Instituto Médico-Legal. "A participação de qualquer autoridade francesa deverá ser feita pelas vias diplomáticas, isto é, com a Embaixada francesa e a Polícia Federal", explica a nota. O acidente evidenciou a precariedade do IML do Recife. A conclusão é do Conselho Regional de Medicina, que divulgou ontem relatório produzido no dia 11. O presidente da Associação Brasileira de Medicina Legal, Raílton Bezerra, frisou que os corpos dos passageiros ocupam áreas antes destinadas a necropsias de cadáveres e para exames periciais em vivos.

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