Pernambuco considera pacote da segurança "paliativo"

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Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário estadual de Justiça de Pernambuco, Humberto Vieira de Melo, afirmou que as medidas anunciadas hoje pelo governo federal para a área da segurança em nada contribuem para evitar greves das polícias. "Nada mudou e as medidas medidas são apenas paliativas para o caso de realização de paralisações", disse."Tratou-se da periferia e não se foi ao cerne da questão". Melo disse que Pernambuco já tem as polícias Civil e Militar unificadas, com um comando único e nem por isso deixa de ter greve (os policiais civis estão parados desde 3 de julho). "Este item é apenas indutor de uma política administrativa da área da segurança", avaliou. Quanto à troca de efetivos entre os Estados, ele afirmou que todas as corporações reclamam da carência de pessoal, tornando difícil essa cobertura. "Corre-se o risco de deixar dois Estados descobertos", observou, acrescentando que a cobrança de multas para as polícias em greve já existem. A Justiça já determinou a cobrança de R$ 20 mil ao Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sinpol) por dia parado, desde que a greve foi considerada ilegal, dia 8 de julho. A greve da polícia se mantém sem perspectiva de acordo ou de término. Os policiais querem 28% de aumento salarial e reajuste do salário-base para R$ 180,00. O governo estadual ofereceu 10% de aumento, que foram rejeitados pelos grevistas, e ontem entrou na Justiça pedindo autorização para bloquear o repasse da contribuição sindical, descontada em folha, no valor de R$ 99 mil mensais, para amortizar o pagamento da multa devida pelo Sinpol. Os grevistas garantem que ameaças ou punições não os intimidam. "Queremos nossos direitos", afirmou o vice-presidente do Sinpol, Claudio Marinho.

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