Perseguição ao PCC: 3 mortos e 12 feridos

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Por Redação
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A maior e mais violenta perseguição policial do ano no Estado de São Paulo deixou ontem 3 mortos e 12 feridos. Os policiais estavam atrás de ladrões de banco do Primeiro Comando da Capital (PCC) que haviam atacado uma agência do Banco Real em Guarulhos, na Grande São Paulo. Acuados, os bandidos pararam seus carros, desceram e atiraram com fuzis. Não poupavam nenhum policial ou viatura que se aproximava. Na fuga, dois dos ladrões ainda entraram em uma casa no Tremembé, na zona norte de São Paulo, e fizeram quatro reféns. Houve novo tiroteio. Às 17h45, quando a crise acabou, depois de cinco tiroteios, havia um PM morto e outros nove baleados. Do lado dos ladrões, Carlos Antônio da Silva, o Balengo, o maior líder do PCC em liberdade, estava morto e outro criminoso foi preso - outros oito suspeitos acabaram detidos. Balas perdidas mataram ainda um rapaz que estava na garupa de uma moto e feriram duas pessoas - uma quarta foi atropelada, segundo a vítima por uma viatura da PM. O roubo foi rápido. Seis ladrões entraram no banco, na Rua Capitão Gabriel, no centro de Guarulhos. Os bandidos saíram da agência levando R$ 110 mil. O bando estava com fuzis e pistolas. Fugiu em dois carros e roubou pelo menos mais uma dezena. Aí começou o caos. A primeira troca de tiros com policiais militares ocorreu já em Guarulhos, na Praça IV Centenário. Os bandidos rumaram para a zona norte de São Paulo. No Tremembé, trocaram novamente tiros com policiais. Dois dos assaltantes foram para a Rua Alberto Pierrotti, onde invadiram uma casa, vizinha a uma igreja evangélica. Houve novo tiroteio com policiais que tentaram prender os bandidos - três policiais e um ladrão ficaram baleados. Na casa, os assaltantes fizeram quatro reféns: Alzira Santos da Silva, de 61 anos, sua neta Milene, de 8, e a adolescente Jéssica, de 17, e Kelly Cristina Adão, de 24 anos. A casa foi cercada por mais de uma centena de policiais de 9º, 15º e 43º Batalhões da PM, além de unidades do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e do Comando de Operações Especiais (COE), ambos da PM. Havia ainda dezenas de policiais civis dos grupos de Operações Especiais (GOE), Especial de Resgate (GER) de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra). Atiradores de elite se posicionaram nos telhados e a rua foi isolada. Por quase duas horas, o ladrão, mais tarde identificado como Elielton Aparecido da Silva, de 32 anos, impediu até que os feridos fossem socorridos. Quando permitiu o socorro, os policiais retiraram pelos fundos os três PMs baleados - entre eles o soldado Aílton Tadeu Lamas, de 44 anos, que já havia morrido. O delegado Ruy Ferraz Fontes, da Delegacia de Roubo a Bancos, negociou com o bandido e obteve sua rendição. Além de Silva, Cláudio Roberto Zanetti, de 26 anos, também foi autuado. O dinheiro roubado não foi recuperado. BRUNO TAVARES, EDUARDO REINA, JOSMAR JOZINO, MARCELO GODOY, RENATO MACHADO e VITOR HUGO BRANDALISE

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