Perueiros ameaçam parar na quarta-feira em São Paulo

Cooperativas reivindicam aumento de 5% na remuneração por passageiro

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Por Agencia Estado
Atualização:

Perueiros da capital ameaçam entrar em greve a partir da Quarta-Feira de Cinzas, dia 21, caso a Prefeitura de São Paulo não repasse às cooperativas o reajuste anual previsto em contrato da remuneração por passageiro transportado. A data-base do reajuste, calculado com base na cesta de índices inflacionários e de custo de transporte, é em janeiro. Os presidentes das cooperativas das oito áreas contratadas pela Prefeitura enviaram na quinta-feira, 15, carta ao secretário de Transportes, Frederico Bussinger, pedindo o reajuste retroativo e ameaçando parar os 6.300 microônibus da cidade. Bussinger disse, que se houver paralisação, ela será considerada "locaute" (greve patronal). As cooperativas reivindicam aumento de 5% na remuneração por passageiro. A Prefeitura repassa hoje R$ 1,10 em média, dependendo da área de trabalho do perueiro. Cálculos das cooperativas indicam um repasse médio de R$ 1,15 por passageiro transportado, o que representaria aumento médio de R$ 800 para cada carro. "A situação está explosiva. Queremos que o prefeito (Gilberto Kassab) aplique o índice de reajuste legalmente previsto", disse o advogado das cooperativas, Bension Coslovsky. "Vamos apresentar ao Tribunal Regional do Trabalho um dissídio coletivo de greve (informando que o serviço será paralisado pelo descumprimento de obrigação contratual)." Na quarta-feira, as cooperativas prometem protestar em frente à Prefeitura. Kassab já enfrentou, na quinta-feira, um protesto contra a Lei Cidade Limpa diante do seu prédio, no Jardim Paulistano. "Se o preço que tenho de pagar é conviver com manifestações, e estamos numa democracia, vou pagar esse preço. Não vamos voltar atrás."

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