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Pesquisa diz que violência aumentou nas escolas paulistas

Por Agencia Estado
Atualização:

De depredações e pichações a arrombamentos, furtos e brigas, a violência cresceu nas escolas estaduais em 2000 em relação a 1999, segundo pesquisa do Sindicato dos Especialistas em Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo (Udemo), divulgada nesta quinta-feira. O estudo abrange 496 escolas do total de 6 mil do Estado. "Das entrevistadas, 44% tiveram aumento da violência, 34% mantiveram o mesmo nível e 22% apresentaram redução", diz o coordenador da pesquisa e diretor da Udemo, Volmer Áureo Pianca. Das escolas pesquisadas, 52% sofreram depredação; 51%, arrombamentos; 45%, pichações; 37%, furtos; e 34%, explosão de bombas. Em 84%, professores sofreram agressões (físicas ou verbais), e em 27%, alunos portavam ou consumiam bebidas alcoólicas nas aulas. "Queremos contribuir para a solução do problema", diz Pianca. As escolas sugerem a conscientização e valorização da escola, envolvendo pais, alunos e comunidade, construção de áreas de lazer e policiamento como solução. Para o secretário-adjunto de Estado da Educação, Hubert Alquéres, falta à pesquisa uma base científica. "Devem ter respondido aos questionários só as que têm violência. Mesmo assim, vamos estudar os dados e ver a melhor maneira de agir", afirma. Alquéres ressaltou, porém, que a violência tem diminuído na rede. "No ano passado foram 400 boletins de ocorrência ante 700 em 1999." Segundo a PM, todas as 1.007 escolas da capital têm algum policiamento, sendo permanente em 678 delas. O policiamento não impediu que a escola Helios Eberlino, na zona oeste, fosse alvo de várias bombas em 2000. "Ia até a quadra, mas voltei porque tinha gente fumando maconha", disse nesta quinta-feira o aluno Rafael Cogue, de 12 anos. O muro caiu, e o acesso é fácil. As alunas Natália Ribeiro Pinheiro e Josiane da Silva Pereira queixam-se das brigas.

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