12 de janeiro de 2012 | 16h56
Quase três quartos dos cidadãos de 24 países questionados em uma pesquisa Ipsos/Reuters esperam um ano melhor do que o vivido em 2011.
"Essa é a primeira centelha de esperança que observamos nos últimos anos", disse Clifford Young, vice-presidente da Ipsos Public Affairs.
"Todos os indicadores sugerem que, embora as pessoas não estejam animadas com o presente, há lampejos de esperança à frente."
O otimismo é maior na França e na Indonésia, onde 91 por cento acreditam que 2012 será um ano melhor, seguidos pelo Brasil (com 90 por cento) e pela Índia (89 por cento).
Mas a centelha não é visível para todos.
Itália, Japão e Suécia são os menos empolgados com o futuro. Nesses países, apenas 45, 46 e 55 por cento da população, respectivamente, esperam que este ano traga tempos melhores.
A Hungria (com 56 por cento) e a Grã-Bretanha (com 58 por cento) também estavam entre os menos otimistas.
"A Europa ainda é um lugar problemático. Ela ainda não resolveu todas as suas questões", explicou Young. "Mas a América do Norte, especialmente os Estados Unidos, tem mostrado sinais de melhora."
Setenta por cento dos cidadãos norte-americanos expressaram otimismo para 2012. Em vez de um triunfo da esperança sobre a experiência, Young acredita que os resultados refletem uma esperança cautelosa.
"Eles dizem que as coisas estão melhores: um pouco mais de estabilidade no emprego, a capacidade de colocar um pouco mais de comida na mesa", disse ele.
Apenas quatro em 10 entre os 21.245 adultos pesquisados no mundo, porém, esperam que a economia global esteja mais forte em 2012.
França, Hungria, Bélgica, Itália e Suécia tinham uma probabilidade menor de prever uma economia global mais robusta. Os mercados emergentes estavam menos preocupados. A maioria dos entrevistados na Índia, no Brasil, na Indonésia e na Arábia Saudita acredita que a economia global ganhará força.
"No geral, as pessoas nos mercados emergentes se sentiram muito bem consigo, com a economia e com o futuro", afirmou Young.
A relação completa dos resultados e dos países pode ser lida no site http://www.ipsosglobaladvisor.com/ (em inglês).
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.