
30 de maio de 2010 | 00h00
A pergunta feita aos eleitores mineiros que declararam que não votariam em Serra foi se passariam a votar no candidato tucano, caso o ex-governador Aécio Neves o apoiasse "se engajando na campanha, pedindo votos, aparecendo na televisão, subindo no palanque". Neste caso, o equivalente a 12% dos entrevistados disse que mudaria o voto e votaria em Serra, "com certeza ou provavelmente".
A quem, mesmo assim, continuou a dizer que votaria em outros candidatos, a votar nulo/branco ou que "não sabia", foi feita mais uma pergunta: Se passaria a votar em Serra caso Aécio fosse candidato a vice em sua chapa. O equivalente a mais 4% dos entrevistados disse que, nessa hipótese, votaria no candidato tucano com certeza ou provavelmente.
A análise do levantamento que está nas mãos do ex-governador registra que uma pesquisa feita a grande distância da eleição não consegue estimar o que aconteceria em uma situação real de campanha. Em seguida, no entanto, considera que "é razoável supor que, se o ex-governador fizesse um apelo direto ao eleitor, seria possível ir além dos 16% de ganho para Serra que a pesquisa estima, chegando aos 20%. Assim mesmo, Dilma e Marina teriam que perder votos, o que não está ocorrendo.
Mesmo na hipótese otimista com Serra crescendo 20% em Minas Gerais, haveria um ganho nacional de apenas 2 pontos porcentuais, pois o eleitorado mineiro equivale a perto de 11% do nacional. Se a mudança de voto provocada pela opção do ex-governador for menor, o impacto nacional pode se tornar pequeno.
O que os tucanos, inclusive Aécio, consideraram mais relevante é que o impacto do apoio do ex-governador no cenário de ele aceitar a vice é muito pequeno. A análise da pesquisa chama a atenção para o fato de que, trabalhando-se com a hipótese de 20 pontos de crescimento de Serra em Minas, 15 virão do engajamento de Aécio na campanha e apenas 5 de ele ser o vice.
Encontrou algum erro? Entre em contato