PUBLICIDADE

Pesquisadora portuguesa é assassinada no Acre

Estudante de doutorado que fazia pesquisas de desenvolvimento sustentável na Floresta Amazônica foi encontrada morta no Acre

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma estudante de doutorado portuguesa, que fazia pesquisas de desenvolvimento sustentável na Floresta Amazônica, foi encontrada morta espancada e estuprada em uma região do Estado do Acre, disse a polícia nesta terça-feira, 5. Raimundo Nonato Rocha de Lima, de 30 anos, que estava em liberdade condicional, foi acusado do assassinato de Vanessa Schaffer Sequeira, de 36 anos, na fronteira com o Peru, disse o inspetor policial João Augusto Fernandes. Fernandes disse que os amigos da estudante foram até a polícia para denunciar seu desaparecimento. O corpo de Vanessa foi encontrado no domingo, perto de um riacho nas redondezas do povoado de Sena Madureira. A Polícia Civil encontrou no corpo de Vanessa marcas de espancamento e de violência sexual. O corpo da estudante será trasladado na madrugada desta quarta-feira, 6, para Belém (PA). O secretário de Segurança Pública do Acre, Antonio Monteiro, acompanhou as investigações em Sena Madureira e informou que Rocha foi visto no local do crime e, ao chegar em casa, tomou um longo banho para eliminar as marcas de sangue. Ele estava em liberdade condicional depois de cumprir 12 anos de prisão por crime semelhante praticado em Boca do Acre (AM). "Ela estava no lugar errado, na hora errada", disse Fernandes por telefone de Sena Madureira, onde vivem cerca de 40 mil pessoas. "Este povoado geralmente é tranqüilo. Não tínhamos homicídios aqui em seis meses", disse. Vanessa estava no Acre fazendo um doutorado para o Centro de Altos Estudos e Investigação de Agricultura Tropical, da Costa Rica, em associação com a Universidade de Gales, no Reino Unido. A pesquisa dela era voltada para ajudar os moradores pobres da região a cultivar suas terras sem a necessidade de desmatar a floresta. Para se deslocar entre as propriedades onde realizava entrevistas, Vanessa utilizava um cavalo como meio de transporte. Foi o cavalo sem a cavaleira que deu a pista para a localização do corpo, que foi arrastado por cerca de um quilômetro até o leito de um igarapé no meio. "Estava concentrada en ver como as pessoas podiam subsistir na floresta sem derrubá-la toda", disse Nathalie Sequeira, irmã da vítima, que mora em Innsbruck, na Áustria. "Passou muitos anos tentando fazer as pessoas darem valor a suas tradições e a coisas que têm funcionado por muitos anos", disse. Ampliada às 19h46

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.