Pesquisadores presos pela PF no Pantanal

Com visto de turistas, americanos não poderiam trabalhar em pesquisas no País

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Por Central de Notícias
Atualização:

Os pesquisadores norte-americanos Marx Andrew Tress, Kelly Michael Wendt e Michael Matthew MC Glue, da Universidade do Arizona, e os pesquisadores brasileiros Aguinaldo Silva e Fabrício Aníbal Corradini, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), foram detidos pela Polícia Federal (PF) de Corumbá (MS), na quarta-feira, 17, no momento em que retiravam irregularmente amostras do solo de lagoas da Baía Vermelha, região de preservação permanente da região da Serra do Amolar, no Pantanal sul-mato-grossense.

 

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Segundo delegado da PF, Adriano Amaral, os estrangeiros estão com visto de turistas no Brasil e por isso não poderiam realizar esse tipo de trabalho, que é um convênio entre a Universidades do Arizona e a Unesp. O grupo disse à PF que é a terceira viagem que realiza ao Pantanal. Os pesquisadores vão responder por usurpação do patrimônio público e pesquisas irregulares em áreas de preservação permanente, além do visto irregular de permanência no País no caso dos americanos.

 

A assessoria de imprensa da Unesp afirmou que os dois pesquisadores brasileiros realizam um projeto de pesquisa no Pantanal pelo Instituto de Geociências da Unesp de Rio Claro e que as pesquisas têm autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), mas, segundo a PF, os dois brasileiros, no momento em que foram detidos, participavam do projeto dos norte-americanos sem que nenhuma autoridade brasileira soubesse.

 

O material coletado seria levado para os EUA para análise laboratoriais, cujo objetivo ainda não foi esclarecido. Com o grupo, os policiais aprenderam as amostras coletadas do solo pantaneiro, ferramentas, equipamentos e alguns tubos. O crime cometido pelos pesquisadores pode resultar numa pena de até 6 anos de reclusão, além de multa.

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