
20 de outubro de 2010 | 00h00
A peça, assinada pelo líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PE), e pelo líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), aponta indícios de desvio de dinheiro público das obras do Rodoanel para formação de suposto caixa 2 da campanha tucana.
Apontado pelo PT como "homem de confiança do PSDB", Paulo Preto teria arrecadado R$ 4 milhões para a campanha de Serra, antes do lançamento oficial das candidaturas, e teria desaparecido com o dinheiro.
Ele seria responsável pela principal vitrine do governo Serra, a construção do Rodoanel, orçada em R$ 5 bilhões, competindo-lhe as medições das obras, determinando quanto e quando as empreiteiras receberiam. A representação cita relatório de auditoria do TCU que aponta irregularidades na obra, como a antecipação de pagamentos dos contratos com empreiteiras.
O PT transformou a denúncia contra o ex-assessor de Serra como trunfo para proteger a presidenciável Dilma Rousseff das denúncias contra a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, que foi seu braço direito no governo. Para o vice-líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), a iniciativa do PT é eleitoreira. "Quando acontece assim, no auge da decisão eleitoral, fica sob suspeição", criticou.
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