PF apreende seis toneladas de produtos de informática no Rio

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Por Agencia Estado
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Cerca de 130 agentes da Polícia Federal ocuparam, na manhã desta quarta-feira, vários andares do Edifício Avenida Central, na Avenida Rio Branco, no Centro do Rio. Eles cumpriam 28 mandados de busca e apreensão contra comerciantes de material de informática que entraram irregularmente no País. A ação, liderada pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários (Delefaz), ganhou o nome de Operação Pandora. Até o fim da tarde, agentes carregavam caminhões com monitores, impressoras, câmeras digitais e outros itens de informática, totalizando seis toneladas de material no valor de R$ 3 milhões. Por volta das 9h, os agentes chegaram ao edifício, conhecido ponto de vendas de equipamentos e programas para computador. Eles se dividiram em grupos e percorreram as 28 salas que eram alvo dos mandados. O delegado Roberto Barbosa, titular da Delefaz, explicou que o prédio foi investigado durante quatro meses. Segundo ele, as salas funcionavam como depósito de mercadoria fruto de contrabando e descaminho. Os produtos eram revendidos nos boxes do Infoshopping, que funciona nos três primeiros pisos do prédio. Os agentes encontraram a maioria das salas fechadas e tiveram de recorrer a chaveiros para entrar. No 25º andar, eles arrombaram a porta de uma sala, que ficou muito danificada. O proprietário, Delmo Gomes, queixou-se. "Achei errado arrombar. Poderiam ter me procurado na loja", disse Gomes, dono de dois boxes no Infoshopping. Na sala que usava como depósito, a PF encontrou dezenas de monitores, teclados, gabinetes, estabilizadores e outros equipamentos de hardware importados. Sem as guias de importação, ele alegou ter comprado o material de uma empresa de Manaus, que não teria repassado os documentos. Embora não houvesse mandados de prisão, três pessoas que se responsabilizaram pelo material foram levadas à Superintendência da PF, na Praça Mauá, para prestar esclarecimentos. "Recebemos várias denúncias anônimas e iniciamos a investigação. Observamos e fotografamos caminhões suspeitos descarregando no prédio e já instauramos um inquérito", disse o delegado. De acordo com a PF, a maior parte do material entrou no País por Foz do Iguaçu (PR). A delegacia da PF daquela cidade dará continuidade à investigação.

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