PUBLICIDADE

PF assume investigações sobre R$ 418 mil encontrados em Natal

A PF afirma que há indícios de que o dinheiro faça parte roubo do Banco Central em Fortaleza

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Federal assumiu a condução das investigações sobre a origem dos R$ 418 mil encontrados em uma casa abandonada no Conjunto Santa Catarina, zona norte de Natal, no Rio Grande do Norte, no último sábado, 29. "Não posso dar detalhes da investigação, mas posso adiantar que há fortes indícios de que o dinheiro faça parte do furto da unidade do Banco Central em Fortaleza. É uma possibilidade plausível", destacou Rômulo Berredo, delegado da Polícia Federal e chefe do combate ao crime organizado no Rio Grande do Norte. Três garotos moradores no bairro encontraram mais de R$ 82 mil em um saco, dentro de uma casa abandonada. Horas depois foram descobertos outros R$ 336 mil. "Os bandidos são de alta periculosidade e praticaram o crime do Banco Central, do qual ainda não foi recuperado todo o dinheiro", enfatizou Berredo. Todas as pessoas que têm relação com a descoberta do dinheiro na casa da Rua Praia Grande serão ouvidas pela PF. "Vamos continuar o trabalho junto com a Polícia Civil, que iniciou as investigações. Estamos com o foco no principal (o crime do BC em Fortaleza) e no periférico (descoberta das sacolas de dinheiro em notas de R$ 50,00 na zona norte de Natal)?, disse. Antonio Celso dos Santos, delegado da PF em Brasília e que também investiga o caso, não falou sobre o assunto, alegando ser sigiloso. Ele e Berredo conversaram com a Polícia Civil e traçaram novas linhas de investigação. É cada vez mais consistente a tese de que as notas achadas pertençam ao BC. Há ainda suspeita de que a casa em Natal tenha sido alugada para servir de apoio aos bandidos. "Os novos elementos apurados serão produzidos em paralelo ao inquérito principal que tramita em Fortaleza", informou Berredo. O furto de R$ 164 milhões do BC de Fortaleza ocorreu em 8 de agosto de 2005. Até agora, a PF conseguiu recuperar pouco mais de 10% do valor total.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.