PF descobre outra central clandestina em Foz

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Federal de Foz do Iguaçu (PR) estourou no final da tarde desta quinta-feira mais uma central telefônica clandestina, operada por três homens de origem árabe e um brasileiro, ainda não identificados. Os quatro foram presos e serão ouvidos ainda nesta noite. Esta é a segunda central descoberta em Foz do Iguaçu nas últimas duas semanas e a sexta localizada no Paraná. As outras quatro operavam em Maringá, norte do Estado. O delegado Joaquim Mesquita, da Polícia Federal de Foz do Iguaçu, afirmou que a central descoberta nesta quinta foi localizada a partir de investigações feitas em números de telefone encontrados na casa onde funcionava a central desmanchada há duas semanas. Nas duas centrais, há um grande número de ligações para países do Oriente Médio. "Todos os casos estão sendo tratados como estelionato", afirmou Mesquita. "Ainda não há nenhum indício que autorize a hipótese de vinculação destas centrais com grupos terroristas." As contas das ligações telefônicas feitas nas centrais já começaram a ser investigadas pela Interpol. "A Interpol tentará identificar o destino dos telefonemas para que possamos investigar se existem vínculos criminosos entre os usuários das centrais e grupos do exterior", informou Mesquita. A central descoberta nesta quinta, como as outras, funcionava com um PABX simples, para o qual os usuários telefonavam. O equipamento fazia a ligação internacional e conectava as linhas. Nas centrais descobertas em Maringá e na primeira descoberta em Foz do Iguaçu, as contas telefônicas variavam de R$ 100 a R$ 150 mil. "Os usuários pagavam menos da metade da tarifa normal nas ligações que faziam através da central", disse o delegado. A maior parte das ligações identificadas até agora é para países do Oriente Médio. Mas isso, segundo Mesquita, também "não é indício de nada". "A colônia árabe é muito grande aqui, e há um intenso comércio exterior realizado na região", argumenta ele. Os responsáveis pelas centrais alegam que decidiram montá-las apenas como forma de ganhar dinheiro fácil.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.