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PF desmonta quadrilha acusada de tráfico de medicamentos

Ao todo, oito mandados de prisão foram cumpridos; outras duas pessoas haviam sido presas nos EUA no dia 13

Por Evandro Fadel e Solange Spigliatti
Atualização:

A Polícia Federal prendeu oito pessoas nesta sexta-feira, 22, em Curitiba e região metropolitana, acusadas de participar de uma quadrilha de tráfico internacional de medicamentos de uso controlado. Entre os presos estão proprietários e funcionários de farmácias e de uma distribuidora de remédios, mas os nomes não foram revelados pela polícia. As investigações iniciaram há três meses, depois que a agência norte-americana Drug Enforcement Administration (DEA) prendeu duas pessoas em Nova York, quando retiravam as encomendas nos Correios. O principal medicamento visado pelos traficantes era o Oxicotin, um derivado da morfina, utilizado para aliviar a dor. No entanto, era usado como entorpecente no mercado paralelo. Segundo a PF, o chefe da quadrilha mora em Curitiba. Ele foi preso em casa, onde também foram encontrados uma arma, R$ 22 mil e cerca de dois mil comprimidos psicotrópicos. Ele contava com a ajuda da mulher e dos proprietários e funcionários de farmácias. Os presos responderão por tráfico internacional de entorpecentes, falsificação de medicamentos, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. As negociações eram realizadas por meio de páginas de discussão da internet ou por e-mail. Os medicamentos eram remetidos para o exterior, particularmente Estados Unidos, Canadá e países europeus, pelos Correios. Os remédios eram ocultos em embalagens de complexos vitamínicos ou cartões postais. Os pagamentos chegavam até a quadrilha por meio de transferência internacional de fundos. A polícia acredita que eles atuavam desde 2003, mas o esquema ficou mais forte a partir de 2006, quando outra quadrilha foi presa em São José do Rio Preto (SP). A Operação Tarja Preta foi deflagrada nesta manhã. A PF cumpre 12 mandados de busca e apreensão e sete de prisão temporária e um de prisão preventiva.  Duas prisões já haviam sido realizadas nos EUA, no último dia 13, a partir de monitoração feita pela PF no Brasil. Atualizado às 17h04

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