PF diz que não existiram grampos no TSE; Marco Aurélio afirma que podem ter sido retirados após denúncias

"A coisa veio a tona na sexta e houve tempo para aqueles que colocaram retirarem", afirmou Marco Aurélio

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, afirmou nesta terça-feira que possivelmente o autor dos grampos em telefones de ministros do TSE tenha retirado a escuta após a divulgação do fato. Marco Aurélio fez a análise após ser indagado por jornalistas sobre a conclusão de um laudo da Polícia Federal revelado nesta terça de que não existiram os grampos denunciados por ele. "Eu soube que não encontraram nada. Mas isso já era presumível. Porque a coisa veio a tona na sexta e houve tempo para aqueles que colocaram retirarem", afirmou Marco Aurélio. "A minha parte eu fiz", disse o ministro, acrescentando que comunicou o fato à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie, ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, e ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. Marco Aurélio concordou que é possível um eventual erro da empresa que fez o rastreamento dos grampos. "Um equívoco é possível, mas devo presumir não o extravagante. Uma empresa como essa, que presta serviço há algum tempo, não criaria nada, algo sensacionalista", disse. "A presunção é de que nem todos são salafrários", acrescentou. A notícia da existência de grampos em telefones de ministros do TSE foi divulgada pelo tribunal no último dia 17. Um dia depois, o diretor-geral do TSE, Athayde Fontoura, explicou que a empresa de rastreamento Fence havia descoberto grampos em telefones usados pelo presidente do Tribunal, pelo vice, Cezar Peluso, e pelo ministro Marcelo Ribeiro.

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