PF diz que tem lista de suspeitos de matar juiz Machado Dias

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Por Agencia Estado
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A delegada titular da Polícia Federal de Presidente Prudente, Lúcia Machado Castralli, disse neste domingo, em entrevista coletiva, que a PF já tem uma "lista restrita" com os nomes de suspeitos de participar da execução do juiz Antônio José Machado Dias, na sexta-feira. Além desses nomes, a polícia tem em mãos o retrato falado dos dois homens que podem ter participação no assassinato. Segundo a delegada, a relação é composta por menos de dez nomes e nenhuma dessas pessoas seria de Presidente Prudente. "Já temos essa lista, não chega a dez suspeitos e estamos investigando cada um deles", disse a delegada, que teve sua casa metralhada em novembro do ano passado. "A lista é restrita e eles não são da região de Prudente." De acordo com Lúcia, desde a madrugada deste domingo, 24 homens do Comando de Operações Táticas (COT) da PF, que vieram de Foz do Iguaçu, estão na cidade para ajudar nas investigações e evitar possíveis tumultos nos próximos dias. Ele são comandados pelo delegado Daniel Gomes Sampaio e, desde a chegada, realizaram três diligências na busca de suspeitos. A delegada afirmou ainda que a equipe conta com especialistas em diversas áreas. "Eles se deslocaram de Foz do Iguaçu para cá para dar apoio à Polícia Civil", disse. "Havia suspeita de que isso poderia se alastrar e haver rebeliões e atentados contra outras autoridades e, por isso, houve necessidade de deslocamento dessa equipe." Na semana passada, todos os diretores dos presídios da região foram avisados sobre uma possível manifestação dos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), em razão do dia 15 de março de 2003 representar a legenda da organização (1533). Entretanto, como a data caiu num sábado, dia de visita nas penitenciárias, os detentos teriam transferido a ação para a próxima quinta-feira. Em entrevista coletiva, os delegados Ieda Maria Cavalli, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Presidente Prudente, e o delegado Ricardo Guanaes Domingues, da equipe H-Sul da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), de São Paulo, descartaram neste domingo que os ocupantes de uma Parati, roubada momentos depois do assassinato do juiz, tenham ligação com o crime. O carro foi roubado na sexta-feira a cerca de 10 quilômetros do local do crime e capotou. Seus integrantes fugiram em outro carro. "Para evitar a prisão, eles pegaram uma carona com uma pessoa que estava passando no local e que acreditou na historinha deles", disse Guanaes. "Em um outro ponto de Presidente Prudente eles pediram socorro e foram levados para um hospital." Os delegados informaram que denúncias sobre o crime podem ser feitas pelos telefones 147 ou (18) 221-9600 e (18) 221-9700. A identidade dos denunciantes será mantida em sigilo pela polícia.

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