PF do Rio interdita bingos e investiga passaportes

Treze bingos foram interditados durante operação da PF

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Federal do Rio de Janeiro realizou na manhã desta quarta-feira, 25, uma operação para interditar bingos e outra para investigar facilidades para aquisição de passaportes. Na Operação Bingo, 50 policiais federais estão dando apoio a 26 oficiais de Justiça que, por determinação do juízo da 6.ª Vara Federal do Rio de Janeiro, interditaram 13 bingos na cidade. A decisão foi tomada numa ação civil pública movida pelo procurador Luiz Fernando Lessa e fez com que todas as máquinas desses 13 bingos fossem lacradas, seus letreiros escondidos por sacos plásticos e os seus proprietários intimados a comparecerem para interrogatório perante o juízo. Já a Operação Venezuela tem como objetivo investigar cinco servidores da Polícia Federal envolvidos na venda de facilidades para a extração de passaportes. A própria Federal tinha solicitado à juíza da 5.ª Vara Federal a prisão preventiva desses funcionários, mas o pedido foi negado. Na Operação Venezuela, a PF fez buscas não só nas gavetas e armários dos seus servidores, na sede da superintendência, e nas delegacias de Macaé e Nova Iguaçu, como também em diversos escritórios de despachantes. Nesses escritórios, segundo o superintendente Delci Teixeira, foram encontrados diversos passaportes já emitidos, confirmando que estavam sendo vendidas facilidades. Esta operação teve início em abril desse ano, quando Teixeira assumiu a superintendência, e percebeu que a emissão dos documentos chegava a demorar 47 dias. Ele mudou a chefia do setor, tomou outras providências, e hoje a demora é de cerca de oito dias, ainda considerado por ele prazo bastante longo ainda. Na investigação foram usadas escutas telefônicas, e ficou confirmado cobrança de propina de até R$ 500 para a liberação do documento, sem que a pessoa aparecesse na Delegacia Marítima e Migração. Teixeira disse que os agentes "criavam dificuldades para vender facilidades. Os nomes dos policiais presos não foram divulgadas porque o processo corre em segredo de Justiça.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.