PF faz operação contra quadrilha que roubava senhas na web

Líder do grupo de crackers já foi preso pela Polícia Civil do RN por clonagem de cartões

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Por Juliano de Souza
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George Jacinto Pereira, 26, é o potiguar líder da quadrilha de crackers que agia nos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo, desmantelada nesta terça-feira, 21, pela Operação Colossus, da Polícia Federal. Os criminosos apropriavam-se de dados, informações e senhas contidas em computadores pessoais, utilizando de mensagens conhecidas como "spams". O esquema conseguiu roubar milhões de reais e produzir cartões de créditos falsos. Os crimes atingiam mais as instituições bancárias do que cidadãos comuns, pois os crackers conseguiam gerar défict financeiro aos bancos. A PF não deu detalhes sobre o material apreendido. Ao todo, 23 pessoas foram presas na operação até por volta do meio-dia, sendo 15 delas em Natal. George Jacinto foi preso no bairro do Bessa, em João Pessoa. O esquema começou a ser investigado em janeiro. Duzentos policiais federais estão envolvidos nesta ação, que abrange 41 mandados de busca e apreensão e 29 mandados de prisão em cinco Estados. George Jacinto era procurado pela Polícia Civil do RN, mas havia se mudado há alguns meses para a capital paraibana. Em 6 de fevereiro, ele e o comparsa Tiago Soares da Cruz, 23, foram presos pela Polícia Civil por clonarem cartões que causaram mais de R$ 200 mil em prejuízos para duas operadoras de cartões, quatro supermercados e lojas do Natal Shopping Center. O grupo era organizado e possuía subdivisões. Segundo o delegado William Murad, responsável pelo Combate ao Crime Organizado da PF no Rio Grande do Norte, George Jacinto havia conseguido criar uma rede, na qual outros integrantes do esquema trabalhavam para ele. Era como se o líder não precisa mais fazer o serviço sujo. Alguns membros da quadrilha se especializavam em enviar mensagens com vírus para roubar dados e outros, concentravam-se na tarefa de fabricar cartões falsos. Para se ter uma idéia dos estragos feitos pelos criminosos, as investigações apontam que somente uma operadora de cartões de crédito amarga prejuízo de R$ 1,2 milhão. Colossus era o nome do computador utilizado pelos aliados para decifrar códigos e mensagens da inteligência nazista durante a 2ª Guerra Mundial.

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