PF faz operação contra tráfico de drogas no Rio e Paraná

Quadrilha fazia a distribuição de ecstasy e LSD para serem consumidos em raves

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta-feira dez pessoas suspeitas de integrar uma das maiores quadrilhas de tráfico de drogas sintéticas que atuava no Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Nove prisões foram feitas no município do Rio de Janeiro e uma na capital paranaense, Curitiba. De acordo com informações da PF, a idade média dos presos é de 26 anos. As prisões fazem parte da chamada Operação Tsunami, que tem como objetivo desarticular uma quadrilha de traficantes internacionais que atuava que trocava cocaína adquirida em Goiás e em São Paulo por LSD e Ecstasy na Holanda. As drogas sintéticas entravam no País pelos aeroportos internacionais do Rio e de São Paulo. Segundo o delegado-titular da Delegacia Federal de Repressão a Entorpecentes do Rio, Victor Carvalho, mais três mandados de prisão ainda deveriam ser cumpridos durante a manhã. Noventa policiais federais estão cumprindo 13 mandados de prisão temporária, sendo 12 no Estado do Rio e um em Curitiba. Outros 14 mandados de busca e apreensão também estão acontecendo na capital paranaense e nos bairros cariocas de Copacabana, Leblon, São Conrado, Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes. As investigações tiveram início em 27 de junho de 2006 através da denúncia de um pai inconformado com a atuação dos traficantes que agiam impunemente no bairro da Barra da Tijuca, aliciando e viciando jovens da classe média alta naquela área. O fornecimento das drogas sintéticas se dava não só para o mercado do Rio de Janeiro, principalmente nas festas rave, mas também para outras cidades, como Curitiba. Através das investigações, foi possível identificar os principais integrantes da organização criminosa, da chamada ´mula´, passando pelo seu agenciador, transportador, distribuidor, vendedor, financiador e aquele que lava o dinheiro oriundo do tráfico de entorpecentes. Com isso, foram fornecidos subsídios à Justiça Federal para decretar o arresto dos bens móveis e imóveis dos integrantes da quadrilha, tornando-os indisponíveis para qualquer transação, assim como o bloqueio de suas movimentações financeiras, tais como contas bancárias e investimentos. De acordo ainda com o delegado Carvalho, a quadrilha fornecia ecstasy e LSD que seriam consumidos em festas raves. Inclusive um DJ foi preso sob acusação de auxiliar na distribuição dos entorpecentes nas festas, conta o titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes. A quadrilha possui um patrimônio estimado em aproximadamente R$ 5 milhões. Esta matéria foi atualizada às 12h para acréscimo de informações.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.