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PF investiga ação do crime organizado na morte de juiz

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Federal informou hoje que já tem pistas do caso do assassinato do juiz de execução criminal de Presidente Prudente, José Antônio Machado Dias, de 47 anos. A PF diz que ainda não descarta o envolvimento do traficante carioca Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, no planejamento do atentado por meio da organização criminosa Comando Vermelho (CV). Ele está na prisão de segurança máxima de Presidente Bernardes, junto com líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC). "Essa é uma das hipóteses", disse a delegada titular da PF, Lucia Machado Castralli. Hoje, todos os integrantes de facções criminosas presos em Bernades, entre eles, Beira-Mar, estavam sendo ouvidos pela polícia. A Polícia Federal, a Polícia Civil, o Ministério Público Estadual e a Polícia Militar formaram uma força-tarefa em Presidente Prudente para tentar desvendar o crime. O crime A Polícia Civil suspeita que os bandidos que mataram o juiz possam ter abandonado o carro usado no crime - um Uno branco - roubado uma Parati para despistar os policiais, capotado minutos depois o automóvel e, mesmo assim, ainda teriam sido resgatados por outras duas pessoas e um outro carro não identificado e, assim, conseguido escapar do grande cerco policial formado na região. A polícia tem o depoimento de três testemunhas que presenciaram o crime e o roubo. O juiz José Antônio Machado Dias, conhecido na região como Machadinho, foi morto a três quadras do Fórum do qual era diretor. Ao passar pelo número pelo número 60 da Rua José Maria Armand ele tentou ultrapassar um carro e foi fechado por um Uno branco AAX-2118 com placas frias de Presidente Bernardes e que levava dois homens - um branco e outro negro. Um dos ocupantes, de posse de uma pistola 9 milímetros atirou quatro vezes contra o juiz. Dois dos tiros o acertaram. O carro do juiz, um Vectra, sem controle, bateu contra uma árvore. A polícia investiga se, na fuga, os bandidos abandonaram o Uno e roubaram, a 10 quilômetros do local do crimem uma Parati marrom. Minutos depois o automóvel foi encontrado capotado próximo a um motel. Segundo uma testemunha, duas pessoas estavam na Parati e foram resgatadas por outras pessoas que estavam em um carro não identificado. Além disso, a polícia também conta com os depoimentos de um soldado da Polícia Militar, que, de folga, estava próximo ao local do crime e viu o Uno fugir, e uma mulher que está ajudando a polícia a fazer o retrato falado de um dos bandidos. Segundo amigos do juiz, ele vinha sendo ameaçado constentemente e essas ameaças aumentaram com a vinda de Beira-Mar para um presídio da região. Promotor Após a morte do juiz, a Polícia Militar fez um cerco na cidade para tentar capturar os bandidos. Além disso, policiais tiram ontem, de uma sala de aula, o professor e promotor Marcio Coimbra, que faria parte de um possível lista de futuras vítimas do PCC e do Comando Vermelho. A lista não foi confirmada pelas autoridades. Além disso, desde ontem, os sete juizes titulares, os dois auxiliares e os dez promotores da região estão recebendo segurança de escolta policial. O objetivo é evitar um possível atentado. A prefeitura de Presidente Prudente decretou luto oficial por três dias em respeito à morte do juiz. Veja o especial:

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