27 de julho de 2012 | 20h01
SÃO LUÍS - A Polícia Federal informou ter aberto uma sindicância para apurar a possibilidade de um policial federal estar envolvido no assassinato do jornalista Décio Sá, executado com cinco tiros na capital do Maranhão há quatro meses, a mando de agiotas. O nome do agente suspeito não foi revelado e o procedimento policial foi instaurado no começo do mês, mas somente agora a PF divulgou o fato em nota oficial distribuída para a imprensa.
A PF informou ter aberto a sindicância por causa de notícias veiculadas na imprensa local, sobre o envolvimento da corporação na execução do jornalista. A nota informa que a sindicância tem prazo de 30 dias, prorrogáveis por mais 30, e deixou claro que só voltará a se manifestar sobre o caso quando a apuração estiver concluída.
No início da semana, a Polícia Civil do Maranhão enviou para Brasília uma pistola .40 que foi encontrada na duna, e que foi usada pelo assassino confesso do jornalista, Jonatan Souza Silva, 24 anos. Com a numeração raspada e indícios de que já teve um brasão gravado, a polícia maranhense quer saber se a arma foi realmente usada no crime e pertence ao capitão da PM Flávio Aurélio Saraiva Silva, acusado de fornecer a arma para o crime e preso por participação no assassinato de Décio Sá.
Os outros quatro acusados, Glaucio Alencar Pontes Carvalho, o pai José Alencar Miranda Carvalho e Fábio Aurélio Lago e José Raimundo Salles Chaves, continuam presos em São Luís. A Polícia ainda procura, um sétimo acusado que teria dado fuga ao assassino do jornalista logo depois do crime.
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